Construindo Stonehenge — sozinho

O que você diria de um homem disposto a reproduzir os blocos megalíticos de Stonehenge, pesando várias toneladas, sozinho, sem o uso de qualquer máquina moderna, nem mesmo roldanas — apenas pedaços de madeira e pedra?

Se o homem for alguém tão perspicaz e criativo como Wally Wallington, então não é um louco. No vídeo acima, Wally demonstra alguns dos métodos simples e engenhosos que anda usando para mover blocos de várias toneladas. Os blocos pequenos, por exemplo, podem ser empurrados com facilidade por uma trilha especial de madeira que faz com que seu centro de gravidade permaneça sempre na mesma altura. Assim, mover um bloco quadrado fica tão fácil quanto se ele fosse redondo, bastando vencer sua inércia.

O clímax é claro, quando ele ergue — sempre sozinho — o gigantesco monolito de dez toneladas. Ele balança o monolito de um lado para outro, e cada vez que o bloco cai para um lado, Wally insere um pedaço de madeira no vão criado do lado oposto. Repetindo o processo várias vezes, ergue dez toneladas a auma altura de um metro em apenas uma tarde. Sozinho.

No dia seguinte, acompanhado da família e netos, é a hora de finalmente deixar o monolito de pé. Um empurrão e um buraco cheio de areia, que depois é cuidadosamente removida com água, e Wally Wallington ergueu o bloco de dez toneladas em algumas horas, sozinho, sem qualquer equipamento especial. É o primeiro de vários blocos no que pretende que seja uma reprodução de Stonehenge.

Veja mais demonstrações e técnicas no sítio de Wally: Forgotten Technology. Ele acredita que métodos tão simples e eficientes não podem estar sendo inventados apenas hoje: devem ter sido utilizados há muito pelos antigos para suas construções megalíticas — sem extraterrestres e discos voadores. De fato, algumas das técnicas usadas por Wally já haviam sido propostas por arqueólogos para a construção das estátuas da Ilha de Páscoa, por exemplo, que têm inclusive sinais de terem sido erigidas por esses métodos.

Muito se fala sobre a sabedoria dos antigos, que incluiria mágicas e encantamentos perdidos. Essa é, pelo visto, a burrice dos contemporâneos. A verdadeira sabedoria antiga esquecida pode ter sido a mera engenhosidade humana aplicada por civilizações que não chegaram sequer a inventar a roda — mas não eram por isso menos inteligentes que nós. Ou menos burros, também.
[via FreschCreation, Neatorama]

13 comentários sobre “Construindo Stonehenge — sozinho

  1. Muito interessante a experiência do Fred Flintstone de Michigan.

    Mas nem todos os esotéricos afirmam que foram os extra-terrestres os construtores dos grandes monumentos da antiguidade. Nem das grandes cidades de antigas civilizações. Claro que havia a sabedoria humana orientada pelos grandes sacerdotes religiosos, conhecedores tanto da magia quanto de técnicas da física antiga.

    Aliás, já dizia Arquimedes muito antes de J.C.: “Dê-me uma alavanca e um ponto de apoio e moverei o mundo” N’est pas monsieur?

    Não é dessa maneira, apresentando um bizarro Flintstone que V.Sa iria humilhar os esotéricos. As suposições de V.Sa nesse texto são esdrúxulas, ao invocar a Ilha de Páscoa, e logo imaginando que muitas coisa foram feitas sem o auxílio de rodas, etc. Imaginação heim?

    Gostaria de ver esse senhor Flintstone, com essa técnica simplória, edificar uma pirâmide com 137 metros de altura, tão perfeita em todas as medidas, verdadeira guardiã milenar das relações astronomicas mais conhecidas pela posteridade. Aliás, a técnica por ele demonstrada não traz tanta novidade, e somente foi possivel demonstrá-la porque ele usou de tecnologia moderna.

    Por falar nisso, V.Sa acredita mesmo nessa baboseira de que a roda foi somente inventada há 6000 na Mesopotâmia? A humanidade é tão velhinha…. Será que há 6000 anos eramos tão burrinhos assim, sem saber o que éra uma roda?
    Oh, acadêmicos de plantão! Oh, história oficial!

  2. Carlos, nenhuma pirâmide é “perfeita em todas as medidas”. Basta uma pesquisa superficial para descobrir que a base e interior de diversas pirâmides, incluindo a de Queóps, possui seções de acabamento rústico e mal-feito, que foi originalmente coberto pela pátina lisa, mas hoje queda exposta.

    No mais, ninguém propõe que as pirâmides foram construídas por um só homem. Elas foram construídas por milhares de operários, cujos registros de dias de trabalho e mesmo remuneração — incluindo cerveja — adornam verdadeiras cidades às voltas das pirâmides. Eram trabalhadores oceosos durante os períodos de cheias, durante os quais convenientemente as pedreiras e as pirâmides eram ligadas pelo Nilo, facilitando o transporte dos blocos de pedra.

    Quanto à roda, egípcios possuíam rodas, mas se vc for ao egito descobrirá que elas podem ser de pouco uso na areia. O mesmo vale para os incas, um império íngreme e tortuoso. Rodas só são realmente úteis com uma outra invenção: a estrada.

    Entender o contexto de uma civilização é essencial para entender suas obras e feitos. É tentando entender o passado sob a ótica limitada do presente que aqueles supostamente de “mente aberta” acabam acreditando em absurdos desnecessários.

  3. Mori:

    Que legal você me responder! Já imaginava estar no seu caderno negro, (brincadeira eheh!).

    Veja só, claro que entendi que você não teria dito que um só homem construiria sozinho monumentos. Seria um contra-senso de minha parte. Mas há muitas hipóteses sobre a construção da Grande Pirâmides de que falamos, até de saber manipular com os enormes blocos de pedras dirigindo à vontade a lei da gravidade. Hipóteses difíceis de provar, bem sei.

    Você não acredita na existência da Atlântida porque não há provas concretas de sua existência. Para os esotéricos há de sobra. Pois bem, sabem os esotéricos que os atlantes possuiam naves locomovendo-se basicamente com energias abundantes e livres do planeta, aquelas que o Nicolai Tesla sabia existir e que não o deixaram provar da existência para os povos da Terra.

    Os atlantes, enfim, podiam deslocar enormes blocos de pedra em naves, fazendo uso desse conhecimento, e anulando ou dirigindo a gravidade. É uma ciência que permanecerá guardada pelos “anciões do conhecimento” até que a humanidade volte a merecê-la. Abs.

    1. magno, Você sai muito do assunto aqui abordado, não comentou o argumento do mori sobre a roda no deserto. ou no terreno íngreme dos incas, argumento esse que eu achei certo. Você prefere falar sodre Atlântida e Nicolai Tesla . dos 2 1. ou Você ficou sem argumentos ou o mori tem razäo.

  4. “O clímax é claro, quando ele ergue “” sempre sozinho “” o gigantesco monolito de dez toneladas. Ele balança o monolito de um lado para outro, e cada vez que o bloco cai para um lado, Wally insere um pedaço de madeira no vão criado do lado oposto. Repetindo o processo várias vezes, ergue dez toneladas a auma altura de um metro em apenas uma tarde. Sozinho.”

    Eu não vi quando e nem como ele colocou o “monolito” encima da trapizomba que criou só esse fato já diz que alguma coisa está errada. Ficar girando pedrinhas encima de superficies lisas auxiliado por madeira e alavancas é fácil.

  5. Acho que CETICISMO ABERTO sofre de uma desenfreada, incontrolável e compulsiva necessidade de contestar tudo, sobretudo fenômenos que sugerem participação de UFOs.
    Eu vi e revi este vídeo e não vi construção alguma, além de imagens fragmentadas e aparentemente sem continuidade. Cheira a picaretagem.
    Até agora, prefiro ficar com a suposta participação de UFOs e suas teorias conspiratórias subjacentes.

  6. – A síndrome do crente merece ser estudada pela ciência. O que é isso que compele uma pessoa a, ultrapassando os limites da razão, crer no inacreditável? Como pode um indivíduo normalmente equilibrado tornar-se tão apaixonado por uma fantasia, uma impostura que, mesmo após esta ter sido exposta à luz clara do dia, ainda se agarra a ela – na verdade, se agarra ainda mais fortemente a ela?

    M. Lamar Keene

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