Estigmas: como fazer

Trecho do documentário Stigmata, da série da National Geographic “Is it real?“. Aqui, os céticos italianos Massimo Polidoro e Luigi Garlaschelli demonstram como é fácil forjar estigmas. Primeiro Garlaschelli mostra como dois produtos químicos incolores aplicados separadamente nas palmas das mãos podem, quando colocados em contato, subitamente se transformar em “sangue”. Ou pelo menos uma mancha vermelha que parece sangue. Mais simples ainda é aplicar soda cáustica à pele. Depois de um ou dois dias, aparecerão marcas idênticas às de muitos dos supostos estigmatizados.

Garlaschelli e Polidoro demonstram mesmo algo que nenhum estigmatizado jamais fez: um estigma verdadeiro de sangue surgindo da palma da mão em frente às câmeras. Para produzir o efeito, a resposta é a mais óbvia de todas: basta cortar a palma da mão. O curioso, todavia, é que não é preciso efetuar cortes profundos.

Como eles notam, essas demonstrações não provam que todos estigmatizados produziram suas chagas desta forma. Contudo, mostram que é possível reproduzi-las à perfeição, sem deixar vestígios. E como Joe Nickell completa, a própria Igreja já pegou diversos estigmatizados forjando chagas. Aqueles Alguns que não foram pegos, viraram santos. Há pouco um novo livro publicado defende de que o Padre Pio, canonizado em 2002, adquiriu ácido carbólico para suas marcas, entre outras evidências de fraude. Ele sempre cobria seus estigmas com luvas, e após sua morte, descobriu-se que não havia nenhuma chaga em sua palma. Milagre, claro.
[via DA]

6 comentários sobre “Estigmas: como fazer

  1. “Aqueles que não foram pegos, viraram santos. Há pouco um novo livro publicado defende de que o Padre Pio, canonizado em 2002, adquiriu ácido carbólico para suas marcas, entre outras evidências de fraude. Ele sempre cobria seus estigmas com luvas, e após sua morte, descobriu-se que não havia nenhuma chaga em sua palma. Milagre, claro.”
    Dizer que os estigmatizados que não foram pegos “viraram” santos é ridículo uma coisa é ser cético outra é afirmar sem provas.

    Os autores através de seus livros discorrem sobre as mais controvertidas teses e lembro que cabe a quem afirma algo provar o que diz.

    Lembro que a Igreja Católica sempre investiga durante anos supostos milagres e também aparições e só depois de muito estudo e que o Vaticano se pronuncia a respeito de tais fatos.
    Respeito os céticos desde que esses não ajam de má fé e no intuito de apenas menosprezar a fé de milhões de pessoas no mundo , e se voltem somente à busca da “verdade”.

  2. Caro João,

    Editei o “aqueles” para “alguns”. Contudo, há evidência suficiente para questionar a validade dos estigmas de Padre Pio.

    E há diversos milagres e santos questionáveis — incluindo santos que possivelmente nunca existiram como Juan Diego e o milagre de Guadalupe:
    http://www.ceticismoaberto.com/paranormal/guadalupe.htm

    Assim, embora a ICAR investigue e imponha certo rigor em sua investigação de supostos milagres, sabemos que há muitas falhas.

  3. A Igreja Católica Apóstolica Romana impõe todo rigor sobre qualquer fato considerado milagre e não um “certo rigor” como afirma o senhor.

    Quanto a existência ou não do senhor Juan Diego é fácil afirmar que possivelmente ele não existiu mas baseado em que ? Em falta de uma certidão de nascimento ? Fosse assim deveríamos duvidar da existência de 99 por cento da população que já viveu nesse planeta.
    Queria saber quais são as evidências para questionar a validade dos estigmas de Padre Pio ? As cartas ? Se existirem serão bons indícios porém e se não existirem ? E se tempos depois as tais cartas forem descobertas como fraude ? Se forem apenas pretexto para lançar um “código da vinci” sobre Padre Pio.

    Usando as mesmas artimanhas os comunistas inventaram um Papa Nazista.

    E por caridade, quando possível, se refira a Igreja Católica como Igreja e nunca usando essa sigla.

  4. Juan José Benítez ? Sinto muito pode dizer que é argumento ad hominem ou o que quiser mas não confio em escritores de ficção como o referido escritor e seus cavalos de tróia.

  5. Discutir sobre milagres é algo muito complicado. Certa vez, ao discutir com um ateu, questionando o que seria necessário para que ele acreditasse em Deus, perguntei sobre a hipótese de Deus mesmo aparecer a ele em um dia. A resposta que ele me deu foi: “bom… me conhecendo do jeito que me conheço, eu até poderia ficar abalado no momento, mas no dia seguinte com certeza já acordaria pensando que tivera um delírio ou algo do gênero, e voltaria ao meu sussego ateísta”.
    Diante de uma resposta dessa, o que falar?
    Crença não é questão de provas, por isso milagres nunca devem servir para conversão… crença é questão de escolha.
    Agora falar sobre escolha com ateus/céticos é outro problema, visto que nem livre-arbítrio é dado como fato =P

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