Todo Mundo em Pânico – Parte 1


Há dois mil anos, todo tipo de inconveniência feminina tem sido atribuído à histeria. Descrita por Platão e mesmo Hipócrates, o termo “histeria” vem do grego hystera, ou útero, que segundo o mito ficaria vagando pelo corpo da mulher até sufocar as frágeis criaturas. Dos antigos gregos também temos a impagável declaração de Aristóteles de que homens teriam mais dentes que mulheres.

É desta forma que enquanto Erastótenes media a circunferência da Terra, outros feitos tão simples como contar dentes de esposas ou investigar se o útero poderia mesmo vagar pelo corpo feminino foram passos muito gigantes para tais culturas. E a ignorância, no caso da histeria, prolongou-se pela cultura européia até o século 17.

Com o avanço da ciência, úteros livres e soltos pelo corpo tornaram-se implausíveis, e a histeria feminina encontrou uma nova origem: o cérebro. Este não ficaria flutuando pelo corpo, mas de forma não tão diferente, a histeria provocada afligiria apenas mulheres. O tratamento? Massagem pélvica para a obtenção do paroxismo histérico. Mais conhecido hoje como orgasmo.

Os primeiros vibradores surgiram assim como ferramentas médicas para tratamento da histeria feminina, esse terrível mal atingindo as delicadas flores de nossa espécie.

Com toda essa história de sexismo e superstição, não impressiona que “histeria” não seja um diagnóstico muito popular hoje em dia. “Histeria coletiva” então, seria um diagnóstico maldito elevado ao quadrado.

Mas como você descobrirá nas próximas colunas, não só a histeria, como a histeria coletiva existem, e são muito mais comuns do se imagina. Ainda que não envolvam orgasmos coletivos. Infelizmente.

Clique aqui para ler o restante de ‘Todo Mundo em Pânico – Parte 1?

2 comentários sobre “Todo Mundo em Pânico – Parte 1

  1. Mori:

    Acho que você não devia subestimar nem pôr em check a inteligência dos comentaristas.

    Na segunda parte desse artigo você, no mínimo, vai puxar o elitista Carl Sagan, o guru da ciência cética-materialista-atéia, ou seja, o três-em-um, para dizer que tudo o que se refere ao esoterismo, religião e assuntos de OVNIS é puramente histeria coletiva. (Agora vai ter de mudar os planos!)

    De todas as formas você e outros cientistas da internet têm assuntos capengas, unilaterais, puramente especulativos e propositalmente manipulados.

    Histerismo, o lá o que está colocando dessa forma ai, está longe da realidade de seus comentários. Fale dos relatórios de outros médicos sérios e pesquisadores que abordam outros ângulos psicossomáticos; coloque as narrativas de quem participou diretamente nas guerras, e de quem trata de ex-combatentes viciados em drogas e de jovens e adultos usuários. Mostre aos seus leitores o que as drogas provocam no cérebro e psique. Assim você estará prestando incomparável serviço à sociedade do que estar a repassar mera leitura passa-tempo com mensagem subliminar demolidora de esoterismos, OVNIS e religiões.

    Mas você terá de pesquisar sem manipulações, o que não acredito que fará, mesmo porque todo mundo sabe que histerismos e drogas estão também intimamente ligadas. Vide shows de Rock, como exemplo mais prosaico.

    Há tantas outras coisas que o submundo das ciências faz para provocar pânicos e histerias. Você sabe muito bem que tipos de invenções americanos, russos e outros povos tecnologicamente adiantados têm para provocar em coletivos humanos as mais diversas e perigosas reações que você está chamando de histerismo. E provocam. Mas nem vou citar aqui.

    Não pense que com essas suas histórias você vai dopar todos os comentaristas!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *