O Código Aristarco e o Priorado de Copérnico


Há mais de dois mil anos atrás, o grego Aristarco de Samos foi o primeiro a propor que a Terra e os outros planetas giravam em torno do Sol (e não o contrário), que a Lua girava em torno de nosso planeta que por sua vez girava em seu próprio eixo uma vez ao dia. Mas como sabemos, sua cosmovisão acertada acabou desvanescendo com o tempo.

Antes de se perder quase por completo, contudo, durante o império romano um magnífico templo pagão seria erigido, o Panteão de Roma. Com um domo adornado por diversos círculos, cujo centro é uma abertura que é entrada para belíssimos raios de Sol, acredita-se que o templo de fato pretendia honrar ao astro-rei. Quase um último suspiro em adoração ao Sol.

O que o cineasta Walter Murch sugere vai bem além: segundo ele, o domo do Panteão não só louva nossa estrela, como é uma representação heliocêntrica de todo o sistema solar, incluindo os planetas. E não apenas isso. Em 1500, sabe-se que o próprio Nicolau Copérnico, então com apenas 27 anos, visitou Roma. E na cidade, o Panteão deveria ser um ponto “turístico” obrigatório, uma das maiores construções arquitetônicas do mundo à época. Um jovem Copérnico no Panteão representando o heliocentrismo…

Para completar este “Código Aristarco“, Murch teve sua revelação não tão diferente da Santa Ceia de um certo italiano. O cineasta comparou um diagrama em que Copérnico apresenta pela primeira vez sua concepção helicêntrica do universo com uma fotografia do domo do Panteão… e o resultado foi uma combinação quase exata que você confere na ilustração acima. Tcharam! Não apenas isto, Murch também chama atenção ao fato de que Copérnico compara o universo a um templo com o Sol ao centro. Teria decifrado o Código Aristarco, assim como Copérnico alguns séculos antes.

Uma história fascinante. Do grego Aristarco, passando por romanos pagãos codificando a estrutura do universo em um magnífico templo que foi decodificado por Copérnico séculos depois, é algo tão interessante que é talvez bom demais para ser verdade. Copérnico não tinha câmeras fotográficas, e a tarefa de conseguir medir corretamente as medidas do domo do Panteão não deveria ser nada fácil. E ele não fez nenhuma referência direta ao templo. A combinação entre seu diagrama e a fotografia do domo não é exata, seja nos círculos que parecem combinar, seja nos círculos que não têm qualquer correspondência. O próprio Murch, de forma franca e sensata, admite que “nós provavelmente nunca saberemos ao certo“.

Mas uma coisa é certa. Este Código seria muito mais relevante ao mundo do que um outro sobre sangue real. [via SA]

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