O Efeito McGurk (ilusão audio-visual)

Kentaro Mori

Uma das mais notáveis ilusões foi descoberta por acaso nos anos 70, e se tornou notável no estudo da percepção sensorial. É o ‘efeito McGurk’, que demonstra a integração que nosso cérebro faz, inconscientemente, de estímulos diversos. Para experimentar o efeito em seu grau máximo, aguarde o pequeno vídeo logo abaixo carregar, e então assista atentamente e escute qual sílaba o sujeito está repetindo:

Vídeo (275Kb) – requer o plug-in Flash 6
Este filme requer o Flash 6

Escutou? Agora experimente apenas escutar, sem olhar para o vídeo (para rodar o vídeo outra vez, apenas clique sobre o símbolo play no controle à esquerda, e se desejar que o vídeo seja repetido continuamente, clique no controle de loop à direita). Sem olhar para o vídeo, que sílaba você está escutando agora?

A grande maioria das pessoas ao ver o vídeo escuta o sujeito falando /da/ repetidamente, mas ao escutar apenas o som, escuta /ba/. E o som é mesmo /ba/, mas a imagem que você vê é do sujeito pronunciando a sílaba /ga/.

Confrontado com os dois estímulos, o som /ba/ e a imagem /ga/, o cérebro faz o melhor que pode na integração dos estímulos e você percebe um /da/ (em outras palavras, ba+ga=da).

O fascinante nesta ilusão é que ela permanece mesmo depois que você a conhece (embora isto estrague a agradável surpresa de ser enganado…). Mesmo sabendo que o som é /ba/, ao ver o vídeo você continua percebendo um /da/.

Este efeito foi descoberto pelos pesquisadores Harry McGurk e John MacDonald, e foi descrito em seu trabalho humoristicamente intitulado "Hearing Lips and Seeing Voices" [Ouvindo Lábios e Vendo Vozes], publicado em 1976 na Nature. Ele ocorre provavelmente devido ao fato de ba, da e ga serem sons parecidos, e nós integrarmos pistas visuais em nossa percepção dos sons. O efeito McGurk também ocorre com diversas outras sílabas semelhantes.

De uma forma ou de outra, veja bem o que está escutando.

– – –

Para saber mais:
Página de Arnt Maasø, de onde o vídeo do efeito mostrado aqui foi retirado (disponível em formato Quicktime)
The McGurk Effect
Speech Recognition and Sensory Integration
BA+GA=DA
Using Words to Examine the McGurk Effect

Escutou? Agora experimente apenas escutar, sem olhar para o vídeo (para rodar o vídeo outra vez, apenas clique sobre o símbolo play no controle à esquerda, e se desejar que o vídeo seja repetido continuamente, clique no controle de loop à direita). Sem olhar para o vídeo, que sílaba você está escutando agora?

A grande maioria das pessoas ao ver o vídeo escuta o sujeito falando /da/ repetidamente, mas ao escutar apenas o som, escuta /ba/. E o som é mesmo /ba/, mas a imagem que você vê é do sujeito pronunciando a sílaba /ga/.

Confrontado com os dois estímulos, o som /ba/ e a imagem /ga/, o cérebro faz o melhor que pode na integração dos estímulos e você percebe um /da/ (em outras palavras, ba+ga=da).

O fascinante nesta ilusão é que ela permanece mesmo depois que você a conhece (embora isto estrague a agradável surpresa de ser enganado…). Mesmo sabendo que o som é /ba/, ao ver o vídeo você continua percebendo um /da/.

Este efeito foi descoberto pelos pesquisadores Harry McGurk e John MacDonald, e foi descrito em seu trabalho humoristicamente intitulado "Hearing Lips and Seeing Voices" [Ouvindo Lábios e Vendo Vozes], publicado em 1976 na Nature. Ele ocorre provavelmente devido ao fato de ba, da e ga serem sons parecidos, e nós integrarmos pistas visuais em nossa percepção dos sons. O efeito McGurk também ocorre com diversas outras sílabas semelhantes.

De uma forma ou de outra, veja bem o que está escutando.

– – –

Para saber mais:
Página de Arnt Maasø, de onde o vídeo do efeito mostrado aqui foi retirado (disponível em formato Quicktime)
The McGurk Effect
Speech Recognition and Sensory Integration
BA+GA=DA
Using Words to Examine the McGurk Effect

2 comentários sobre “O Efeito McGurk (ilusão audio-visual)

  1. Legal a experiência. Poderia ser feita com as palavras “pé”,”té” e “què”. Apenas estaríamos transcrevendo em consoantes surdas o que foi feito com as sonoras,labial, palatal e velar. O efeito se dá porque o sujeito pronuncia uma labial e na imagem pronuncia uma velar, portanto uma anterior e a outra posterior, nosso cérebro faz uma espécie de aritmética e pensamos ouvir uma consoante não tão “anterior” como o “b”, nem tão “posterior” como o “g”, mas sim uma “central” como o “d”.

  2. Legal a experiência. Poderia ser feita com as sons “pé”,”té” e “què”. Apenas estaríamos transcrevendo em consoantes surdas o que foi feito com as sonoras,labial, palatal e velar. O efeito se dá porque o sujeito pronuncia uma labial e na imagem pronuncia uma velar, portanto uma anterior e a outra posterior, nosso cérebro faz uma espécie de aritmética e pensamos ouvir uma consoante não tão “anterior” como o “b”, nem tão “posterior” como o “g”, mas sim uma “central” como o “d”.

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