Comandantes Estelares: Somos Marionetes?

Largamente respeitados no círculo ufológico brasileiro, Ubirajara Rodrigues e Carlos Reis tecem críticas sobre o imbróglio mais recente da revista UFO ao promover as previsões de “Jan Val Ellam”. “Resolvemos compor a crônica que se segue, confessando que o mais correto seria aguardar a ida às bancas da anunciada edição da Revista. Mas a ‘bomba’, uma previsão corajosa de Val Ellam, traz duas literais bombas atômicas, que possivelmente explodirão no Oriente Médio em 4 de outubro de 2006. Diante do risco de a Revista ser distribuída somente após tal evento estrondoso, outra alternativa não tivemos se não a de escrever com base no curioso e-mail que a antecede“, escreveram na crítica subtitulada “A Previsão de Jan Val Ellam na visão de dois pseudocéticos“.

Extramemente lúcida e apropriada, alguns trechos são impressionantes em contundência (negritos adicionados):

O circo volta a pegar fogo, sem dúvida. Semelhantes episódios de contato próximo no melhor estilo Jesus está voltando já foram anunciados no passado (…) Deu no que deu, ou melhor, nada aconteceu -nem o mundo acabou nem Ets invadiram a Terra. Agora não é diferente, é pior, pois vem anunciado pela única publicação brasileira sobre o assunto, a Revista UFO, e isso torna o picadeiro ainda mais volátil, o mesmo que encharcar a lona com gasolina. A revista alega que “não toma partido nem positiva nem negativamente”. Uma neutralidade conveniente. Entretanto, não adianta alegar uma aparente isenção, porque a veiculação em nível nacional de uma notícia desse porte, com o destaque que foi dado, implica assumir integralmente a co-responsabilidade pela repercussão advinda do fato, aconteça o que acontecer. (…)

Não é a previsão que nos espanta. Espanta-nos o espanto demonstrado no editorial (…) O seu caráter sensacionalista de alerta, para uma previsão partida de alguém dotado da comentada credibilidade, é justificado exatamente em virtude de tal caráter. Como se a Revista, independentemente de referendar ou não a certeza de que o evento ocorrerá, devesse obrigação de divulgá-lo. Nada a contestar. Até o ponto em que não tome partido de fato. Acontece que toma. Apesar de alegar que não toma partido, o partido é visivelmente tomado. Como introdução, seu autor destaca que o Sr. Val Ellam teve acesso a informações e isto basta para afirmar total crença nas informações obtidas por ele. Tal se torna mais evidente quando essas informações, conforme expressão literal de Adhemar José Gevaerd, o Editor da UFO, são originárias de seus mentores espirituais e extraterrestres.

Apesar da total ausência de demonstração de que mentores espirituais e extraterrestres fornecem qualquer tipo de informação a quem quer que seja, a atitude crédula, de fundo inegavelmente religioso, está patente. Direito inalienável dos cidadãos. Contudo, se não pudéssemos tecer quaisquer observações sobre o modo de operar, e de expressar, de ufólogos, a Constituição da República teria proibido expressamente a atuação de outras linhas ou correntes de pensamento. A Constituição garante a liberdade de crença. Isto é, também a liberdade de não crença. E a partir do momento em que crenças são intelectualizadas em publicações escritas, sujeitarão suas afirmações, mormente em termos de fatos, aos comentários críticos. Em virtude de outro princípio constitucional maior – a liberdade de pensamento e de expressão. E em razão do maior princípio imposto pela filosofia da ciência – sem crítica, não há conhecimento. Se alguns pensarem ao contrário, que registrem logo sua ufologia como uma religião codificada, ou como instituição religiosa. Aliás, parece só o que esteja faltando… (…)

Quem faz afirmações fortes e contundentes (sempre o mesmo editorial), deve aceitar que o meio também possua a faculdade de comentar, com igual força e contundência. Ellam (…) parece ter a maior tranqüilidade quanto a isto, ao frisar que faz o que acha correto e de sua missão. Ocorre que os seus divulgadores parecem divergir um pouco do próprio sensitivo, que, se de sua parte concorda com a origem subjetiva de suas previsões, é apoiado por quem vai além. Literalmente, diga-se de passagem. O editorial ressalta que ele vê e narra com excepcional objetividade como nossos visitantes interagem com a raça humana.

O editorial da Revista que ganhou o “furo” [também] comenta que, em recente conferência em Campo Grande (MS), o sensitivo manifestou-se contra a repulsa religiosa, científica e governamental à questão da presença alienígena na Terra. Explicou também as razões para que, mesmo após décadas de sua comprovação, ainda haja resistência a tal realidade. São nossos os destaques. A Revista, que não usa aspas, mescla-se e comunga com a opinião do médium, afirmando claramente que a realidade da presença alienígena na Terra está comprovada há décadas!

Ubirajara Rodrigues é o principal investigador daquele que o próprio editor da revista UFO admitiu ser o mais importante caso ufológico — o caso Varginha. Carlos Reis já foi ombudsman da publicação, sobre o qual o mesmo editor já comentou que é “amigo há mais de 20 anos e a quem sempre, haja o que houver, eu escuto”. Isto no mesmo episódio em que Reis declarou, de forma honesta e sensata, que “Eu sei, você [Gevaerd] sabe e muita gente também sabe que a ufologia é frágil,
nós não trabalhamos com provas, mas com indícios significativos de que estamos lidando com um fenômeno de natureza desconhecida. Só isso. Não podemos afirmar em sã consciência de que seja extraterrestre, nem podemos falar em “alienígenas” , pois são apenas suposições, teorias, hipóteses, elucubrações…
“.

Leia o texto completo de “Comandantes Estelares: Somos Marionetes? A Previsão de Jan Val Ellam na visão de dois pseudocéticos” a seguir.

COMANDANTES ESTELARES: SOMOS MARIONETES?
A PREVISÃO DE JAN VAL ELLAM NA VISÃO DE DOIS PSEUDOCÉTICOS

Por Carlos Reis e Ubirajara Rodrigues

Alguns insistem por estabelecer relação entre a Ufologia e o Espiritismo. No Brasil, a Revista UFO n.103 trouxe uma matéria neste sentido, assinada sob o pseudônimo do escritor e médium Jan Val Ellam. Agora, um e-mail do editor da Revista nos chegou às caixas postais, distribuído que fora para várias pessoas. Nele, anuncia-se para Setembro de 2006 a edição de no 126, em que sairá publicada uma extensa entrevista com Val Ellam …uma bomba de proporções poucas vezes vistas na Ufologia Brasileira e Mundial. Se é que algum dia houve algo assim! foi a manchete por si só já bombástica. Resolvemos compor a crônica que se segue, confessando que o mais correto seria aguardar a ida às bancas da anunciada edição da Revista. Mas a “bomba”, uma previsão corajosa de Val Ellam, traz duas literais bombas atômicas, que possivelmente explodirão no Oriente Médio em 4 de outubro de 2006. Diante do risco de a Revista ser distribuída somente após tal evento estrondoso, outra alternativa não tivemos se não a de escrever com base no curioso e-mail que a antecede.

Aquele “algo assim” é a afirmação de que em pouco tempo haverá “o contato”: muito menos [tempo] do que os mais otimistas imaginam, segundo o espiritualista Val Ellam! De acordo com as “mensagens” que andou recebendo, nos próximos meses ­ entre novembro de 2006 e abril de 2007 – dar-se-á o tão ansiosamente aguardado “contato” com inteligências superiores, quando centenas de naves se aproximarão da Terra para uma grande, incontestável e inequívoca (sic) manifestação, tendo Jesus à frente como autêntica autoridade celeste em seu apoteótico regresso. Centenas de naves, frise-se. Qualquer um pode-se sentir totalmente à vontade para afirmar, desde céticos a crédulos, de pesquisadores a curiosos, de populares a autoridades, que nenhum outro acontecimento teria sido nem será tão importante e impactante. Só que é esperado “a qualquer momento”. Se consultarmos o histórico, esse “a qualquer momento” se posterga há décadas. Uma vez que suas declarações saíram do âmbito privado para o público [Revista UFO, 126, setembro de 2006, bem como o mencionado e-mail que a propagandeia], sua responsabilidade extrapolou qualquer estimativa e nos inspirou a redigir esta crônica.

Fizemos questão de documentar nossa posição antes dos fatos preditos. Não temos nenhuma intenção de direcionar este texto a qualquer aspecto pessoal do responsável pelas afirmações feitas. Porém, convenhamos, basear-se apenas e tão somente em mensagens de caráter mediúnico para anunciar a volta de Jesus e a chegada de um batalhão de naves extraterrestres para tentar evitar nosso auto-extermínio é uma afronta à nossa inteligência. Não sabemos se é irrestrita e cega confiança em “informantes galácticos” ou se inocente coragem em sua carga máxima. Provavelmente ambas, acrescidas de credulidade. Ele alega compromisso apenas com a sua consciência, mas ignora que o “pós-contato”, em não acontecendo, trará irremediáveis prejuízos à tão cobiçada credibilidade para o tema.

Ellam não fez nada de inédito ao anunciar sua previsão de caráter nitidamente escatológico [Escatológico, de escatologia ­ teorias relativas ao fim do mundo e do homem, lato sensu]. Quando o e-mail que prepara os leitores da Revista terminou com uma emocionada expressão sobre o ineditismo da previsão, antecipou tanta confiança nela, bem como no fato previsto, que parece ter olvidado as inúmeras vezes em que pessoas, de todas as partes e em diversas ocasiões, reivindicaram o privilégio de tal prodígio: Se é que algum dia houve algo assim. Em notícias posteriores distribuídas pela internet, o mesmo editorial comenta sobre sua importância. Justifica que, segundo seus próprios termos, há …picaretas aos montes, na Ufologia Mundial e na Brasileira, em projetos e seitas de todos os tipos, fazendo esse tipo de afirmação e não oferecendo nada de apoio a elas. Portanto, qualquer comentário a respeito do ineditismo da previsão do Sr. Val Ellam ficaria superado. O se é que algum dia houve algo assim está respondido pela própria publicação. O que também nos permite evitar relacionar todas as milhares de vezes em que supostos videntes, em várias áreas, em diversas ocasiões, anunciaram a revelação pública do eterno mistério dos discos voadores, bem como a aparição de gigantescas naves. Leia-se também o filme Independence Day, a série televisiva “V”, o clássico do cinema O Dia em que a Terra Parou e muitos outros. Bem como anunciaram a volta de Jesus.

Nunca quis nem quero aparecer, e trabalho para divulgar informações que recebo por julgá-las importantes para muitas pessoas. Ele deve ter consciência do que significa essa sua devotada atitude. Pois a turma simpatizante não poupa os mais efusivos elogios enaltecendo a sua “coragem”. Agora, o que comecei a receber desde março passado tem sido tão pesado e tão contundente que precisarei revelar a tantos quantos queiram me ouvir. Estou lidando com fatos e não com questões produzidas somente por fenomenologia mediúnica [Declarações contidas no site www.ufo.com.br, prévias relativas à edição UFO 126, de setembro de 2006]. Não ficou claro a quais “fatos” se refere, mas admite a manifestação mediúnica na qual aposta o “patrimônio moral”, conforme lhe confere a revista.

Resta-nos partir para as duas principais premissas do editorial, que favoreceriam a possibilidade de o evento vir mesmo a acontecer. Primeiro, o que teria sido oferecido pelo vidente em apoio a ela. Depois, a credibilidade da fonte, vale dizer, o peso de a previsão ter partido de quem partiu. Conforme o editorial, este tem reconhecidamente um dos discursos mais consistentes a oferecer sobre a ufologia e a espiritualidade. É a sua subjetividade e seus “métodos” estritamente pessoais. Tanto o editorial quanto todos os ditos do autor da previsão versam sobre essa consistência em torno dos seus canais espirituais e ufológicos, que lhe dão as informações sobre os divulgados acontecimentos.

Os canais espirituais, sem embargo, são as comunicações com entidades ou espíritos, e as tais vias ufológicas ficaram na retórica ingênua: o que é chamado de ufológico (relativo a estudo de objetos voadores não identificados!) são os mesmos canais, nitidamente mencionados como se o vidente contatasse entidades de outros planetas, mental ou espiritualmente. Em nível de valor, não há a mínima diferença. Nem há diferença entre tal comportamento e os modos de atuação de quaisquer místicos ou religiosos que fazem , fizeram ou farão futuras previsões.

O circo volta a pegar fogo, sem dúvida. Semelhantes episódios de contato próximo no melhor estilo Jesus está voltando já foram anunciados no passado por pessoas igualmente idôneas, com currículo sério e de formação profissional e pessoal acima de qualquer suspeita, ao lado de outras com ficha menos abonadora. Deu no que deu, ou melhor, nada aconteceu – nem o mundo acabou nem Ets invadiram a Terra. Agora não é diferente, é pior, pois vem anunciado pela única publicação brasileira sobre o assunto, a Revista UFO, e isso torna o picadeiro ainda mais volátil, o mesmo que encharcar a lona com gasolina. A revista alega que “não toma partido nem positiva nem negativamente”. Uma neutralidade conveniente. Entretanto, não adianta alegar uma aparente isenção, porque a veiculação em nível nacional de uma notícia desse porte, com o destaque que foi dado, implica assumir integralmente a co-responsabilidade pela repercussão advinda do fato, aconteça o que acontecer.

No que diz respeito à credibilidade, não é difícil comentar. Se credibilidade for restrita ao conceito de honestidade e de sinceridade, não temos a menor dúvida, nem podemos ter, de que o Sr. Val Ellam tem total credibilidade. Mas o “x” do problema é outro. É o maior veículo de comunicação ufológica do mundo, a Revista brasileira sob exame, achar que credibilidade seja restrita à boa índole da pessoa. Esbarrou mas distanciou. Ou se apresenta alguma consistência, quem sabe ao menos uma breve evidência que respalde este desgastado e nada inédito tipo de previsão, sem que se exiba exclusivamente subjetividade e crença, ou não haverá credibilidade alguma.

Val Ellam afirma que o encontro será antecedido por conflitos no Oriente Médio, com a explosão de “uma ou duas” bombas nucleares, com data marcada: 4 de outubro. Só essa notícia já seria suficiente para colocar seu autor em regime de vigilância permanente pelas agências internacionais de segurança (se já não está). Não que ele saiba de alguma coisa, mas porque “lhe disseram” que assim seria. Eles, seus irmãos cósmicos, também lhe informaram que não podem interferir em nosso livre-arbítrio, mas vão tentar influenciar as pessoas envolvidas no processo para evitar a catástrofe. Mas eles virão depois das explosões? Por que não antes? Eles não têm como saber antecipadamente os rumos dessa história? Eles não são o nosso futuro? Vão tentar corrigir o estrago depois de feito e assistir à derrocada da civilização de camarote? Obrigado, mas não precisamos de platéia para isso. As nossas perguntas se perdem em meio à incoerência e aos tantos “furos” nestas alegadas mensagens, razão pela qual não vamos dissecá-las, até por falta de espaço. Só faltou dizer que apenas os “preparados espiritualmente” poderão contemplar esse momento. Nesse caso, quem é preparado espiritualmente para o quê? Se acontecer, este texto acaba aqui, caso contrário, certamente “forças ocultas” terão impedido, mais uma vez, que a humanidade tome conhecimento da “volta do Messias” (ou de um Ashtar Sheran qualquer da vida…) ou que “ainda não estávamos prontos” para um encontro dessa envergadura. Quem estiver lendo esta crônica sabe o resultado, e então tudo será passado, mais uma história indexada nos anais folclóricos da ufologia brasileira.

Não é a previsão que nos espanta. Espanta-nos o espanto demonstrado no editorial, como fator de grande importância para este nosso trabalho, que é estabelecer uma visão sobre o comportamento dos que fazem e representam a ufologia. O seu caráter sensacionalista de alerta, para uma previsão partida de alguém dotado da comentada credibilidade, é justificado exatamente em virtude de tal caráter. Como se a Revista, independentemente de referendar ou não a certeza de que o evento ocorrerá, devesse obrigação de divulgá-lo. Nada a contestar. Até o ponto em que não tome partido de fato. Acontece que toma. Apesar de alegar que não toma partido, o partido é visivelmente tomado. Como introdução, seu autor destaca que o Sr. Val Ellam teve acesso a informações e isto basta para afirmar total crença nas informações obtidas por ele. Tal se torna mais evidente quando essas informações, conforme expressão literal de Adhemar José Gevaerd, o Editor da UFO, são originárias de seus mentores espirituais e extraterrestres.

Apesar da total ausência de demonstração de que mentores espirituais e extraterrestres fornecem qualquer tipo de informação a quem quer que seja, a atitude crédula, de fundo inegavelmente religioso, está patente. Direito inalienável dos cidadãos. Contudo, se não pudéssemos tecer quaisquer observações sobre o modo de operar, e de expressar, de ufólogos, a Constituição da República teria proibido expressamente a atuação de outras linhas ou correntes de pensamento. A Constituição garante a liberdade de crença. Isto é, também a liberdade de não crença. E a partir do momento em que crenças são intelectualizadas em publicações escritas, sujeitarão suas afirmações, mormente em termos de fatos, aos comentários críticos. Em virtude de outro princípio constitucional maior ­ a liberdade de pensamento e de expressão. E em razão do maior princípio imposto pela filosofia da ciência ­ sem crítica, não há conhecimento. Se alguns pensarem ao contrário, que registrem logo sua ufologia como uma religião codificada, ou como instituição religiosa. Aliás, parece só o que esteja faltando…

Quando as pessoas usam seu direito de expressar, em razão de suas crenças, mas falam de fenômenos, de acontecimentos, de fatos e de estudos e pesquisas, o direito das outras linhas é simples questão de eqüidade. Centenas de naves se aproximam da Terra para grande manifestação nos próximos meses e tudo ocorrerá entre Novembro de 2006 e Abril de 2007. Trata-se mesmo de uma afirmação contundente, que aprisiona o tempo. Todavia, esse período de seis meses, para um acontecimento de tão grande monta, pode ser encarado como um sintoma comum a todos os outros cidadãos que no passado anunciaram esse evento de caráter bíblico-apocalíptico. Um senão que coloca a previsão de Val Ellam ao mesmo nível das previsões incertas e nada incisivas, que involuntariamente deixa o médium ou vidente em situação bem cômoda. Se raríssimos eventos como tais, diz a própria ufologia, já ocorreram, viria a calhar que, depois de tanto espaço de tempo entre uma (ocorrência) e outra, uma aparição como tal viesse a acontecer de novo, pegando a todos de surpresa. Estamos falando de aparições de Ovnis em grandes cidades ou aos olhos de muita gente.

Por poucas vezes um fenômeno de cunho ufológico teria sido observado simultaneamente por milhares de pessoas, em grandes urbes, sobre estádios de futebol lotados, em capitais, mesmo que sua procedência, como sempre, até hoje permaneça indefinida. Os ufólogos sabem da inconstância e imprevisibilidade das aparições ufológicas. Até hoje os estudiosos não conseguiram decidir se tal aspecto fugidio e eventual deve-se a ondas de interesse provocados pela mídia, ou se algum fator, seja atmosférico ou em geral físico, provoca a sua súbita observação. Fica então cômodo e, em termos, generoso, com relação à probabilidade, dar-se um “prazo” bem elástico para que em alguma parte do mundo ocorra a observação de um prodígio qualquer deste tipo.

Tal como os que adotam o dogma de que os desígnios de Deus são insondáveis, é singelo contra-argumentar que os processos e modos de operar de espíritos e extraterrestres superiores não nos estejam à altura da compreensão. Não é mesmo fácil compreender as razões pelas quais espíritos ou Ets evoluídos escolheram um sensitivo terrestre para avisar dois fatos simultâneos e correlatos tão estrondosos ­ a aparição em massa de gigantescas naves de outro planeta e a volta de Cristo e, incoerentemente, não informaram a data. Os seis meses alardeados são um espaço de tempo considerável, ainda mais quando se sabe que, com a ampliação dos sistemas globais de comunicação, alegadas incursões de discos voadores ocorrem quase que ciclicamente, mesmo que ainda sem períodos certos.

Entretanto, continuamos a notar vários outros pontos que dizem direto respeito aos interesses deste nosso trabalho, quanto às peculiaridades filosóficas do pensamento ufológico. Enquanto traçávamos estas linhas em um agradável sítio, num intervalo de lazer entre um trabalho e outro, o amigo anfitrião comentou que talvez Jesus e seus arautos Ets também estivessem sujeitos à oscilação do espaço-tempo prevista pela teoria da relatividade geral de Einstein. E completou, bem humorado, o chato será que cheguem após a explosão das duas bombas atômicas no Oriente Médio, vaticínio previsto pelo Sr. Val Ellam. E se isto provocar uma reação em cadeia planetária, pela intervenção de países que dominam a energia atômica, Cristo terá notado que seu retorno fora mal previsto por Deus. Chegara tarde… seis meses não são seis horas…

Natural e respeitosa ironia à parte, esta é uma das técnicas que tornam o estilo de afirmações como tais ainda mais subjetivo e, de certo modo, mais arriscado. Sua base é a certeza absoluta em duas questões: a existência e a vinda à Terra de seres extraterrestres. Mais uma vez, como se tal fosse aceito, absolutamente aceito, em termos de probabilidade. E não está só, como já pudemos demonstrar. O editorial da Revista que ganhou o “furo” comenta que, em recente conferência em Campo Grande (MS), o sensitivo manifestou-se contra a repulsa religiosa, científica e governamental à questão da presença alienígena na Terra. Explicou também as razões para que, mesmo após décadas de sua comprovação, ainda haja resistência a tal realidade. São nossos os destaques. A Revista, que não usa aspas, mescla-se e comunga com a opinião do médium, afirmando claramente que a realidade da presença alienígena na Terra está comprovada há décadas!

O instinto messiânico é um dos complexos humanos. De ufólogos e de sensitivos também, como vimos. Nem sempre significa necessariamente algum tipo de transtorno. Pode simplesmente caracterizar um modo de pensar, notadamente quando certas pessoas têm consciência de seu papel de formadores de opinião. Ressaltamos – é o direito inquestionável deles, mas que não pode exigir o silêncio da crítica. Quem faz afirmações fortes e contundentes (sempre o mesmo editorial), deve aceitar que o meio também possua a faculdade de comentar, com igual força e contundência. Ellam, em trechos que serão tratados adiante, parece ter a maior tranqüilidade quanto a isto, ao frisar que faz o que acha correto e de sua missão. Ocorre que os seus divulgadores parecem divergir um pouco do próprio sensitivo, que, se de sua parte concorda com a origem subjetiva de suas previsões, é apoiado por quem vai além. Literalmente, diga-se de passagem. O editorial ressalta que ele vê e narra com excepcional objetividade como nossos visitantes interagem com a raça humana.

Em segundo lugar, nas manifestações de Ellam, vem como uma de suas premissas maiores a figura respeitável da maior Divindade cristã, Jesus, que, ao afirmar a volta precedida das gigantescas naves, considera como ponto pacífico ­ Jesus veio, portanto existiu. E, se em sua existência prometeu voltar, a volta se dará. Eis o caráter tipicamente místico-religioso da linha de pensamento que fundamenta a previsão: Jesus existiu, prometeu a volta e voltará agora. Os Ets, unidos à “espiritualidade”, montam o palco e as monumentais naves adornam a cena.

Longe a nossa intenção de comentar, discutir, questionar e negar crenças religiosas. No entanto, nossa vista volta-se ao estilo de pensamento e aos fundamentos das afirmações, quando estas parecem sequer supor, muito menos considerar, as inúmeras divergências, os incontáveis argumentos e as investigações de pesquisadores e pensadores que sequer aceitam que Jesus tenha ao menos existido. É o que queremos frisar. Não cabe neste trabalho entrar em tal assunto, nem detalhá-lo. Pretendemos, tão somente, realçar a postura dogmática e crédula que parte da premissa de que todos aceitam, acreditam e consideram certas questões, como se fossem indiscutivelmente provadas e adotadas. É o risco da falta de informações mais amplas, isentas, que correm aqueles que preferem ater-se à leitura e à homogeneidade das opiniões que lhes são afins.

O sensitivo prossegue na entrevista solicitando que as pessoas reflitam sobre o que ele está dizendo, porque fala das revelações narradas por seres mais evoluídos do que nós, seus “irmãos cósmicos”. Em função de suas atividades profissionais e sociais, o editorial considera que ele está longe de ter o perfil de um guru ou um místico. Informa ainda que lá fora ele é conhecido como idealizador do “Projeto Orbum” – um manifesto que trata da cidadania planetária – como já mencionamos. Alguém que idealiza um projeto com vistas a uma espécie de “cidadania planetária” age com o modo típico de um guru, ainda que não haja qualquer motivo para se definir este médium com a expressão “guru” em algum sentido pejorativo. O que caracteriza a semelhança das seitas e de seus idealizadores, os gurus como tais, é exatamente o desenvolvimento das idéias únicas dos seus fundadores, marcadas por algo singular e de destaque, que se torna o carro-chefe ou a base principal sobre a qual se assenta o movimento. No caso em tela, a revelação de seres extraterrestres mais evoluídos, considerados nossos irmãos mais velhos que vêm para uma intervenção direta ou indireta, em momento perigoso para a raça humana. Simultaneamente à volta de Jesus, o que constitui o ápice de um momento declaradamente apocalíptico.

A junção desses dois eventos é óbvia demais, coincidindo com o interesse cada vez mais crescente pelo mistério e pelo misticismo popular. Ainda que nada inédito, voltamos a dizer, esse interesse caminha forte, ao lado da quebra inevitável dos dogmatismos religiosos tradicionais, acompanhada pela assustadora possibilidade de o mundo explodir, concretizada pelo fortalecimento de um outro tipo de dogmatismo mais radical e absoluto representado pelas facções dominantes no Oriente Médio. Essas facções estão sendo claras no sentido de desafiar até os princípios de Direito internacional, representados pelos grandes organismos como a ONU. O potencial de destruição em massa, ou “planetária” como é do modismo místico dizer, amplia-se e isto é óbvio. Sabe-se que, principalmente depois da derrocada da União Soviética e da crise econômica que quase faliu a Rússia, ficou relativamente fácil a aquisição de tecnologia, de instrumental e de outros recursos para o desenvolvimento e a construção da hodierna bomba atômica.

Neste exato instante, o Ocidente tenta barrar o potencial do Irã de possuir a bomba. Como conclusão, nem é necessário ser ufólogo, maníaco de conspiração ou um esperto em esoterismo que crê em um governo oculto, para saber da possibilidade de “uma ou duas” bombas atômicas explodirem no Oriente Médio. Ainda mais em pleno conflito instaurado entre Israel, Palestina e outros países, ou pelas eternas guerras envolvendo Afeganistão, Paquistão, Índia, Iraque etc. A idéia preocupante do Juízo Final, que para algumas teorias talvez seja a maior representação daquilo que os analistas de linha freudiana chamam de pulsão de morte, está em alta. O final dos tempos é um recurso psicológico para nós humanos, que sabemos do fim, mas nos recusamos encará-lo e aceitá-lo. Daí os livres intérpretes afirmam que final dos tempos é expressão que insinua ainda haver esperança. Final dos tempos não seria final do mundo. Porque haverá, no mínimo, um arrebatamento. Nos meios ufológicos, exatamente como ocorre nas sendas religiosas, os tempos ou o mundo podem até acabar, mas alguém, ou alguma coisa, virá para nos levar para outras paragens, para outros tempos…

Pode ser agora a vinda de Cristo, com as hostes magníficas que O precederão e escoltarão. Pode ser já o fim do mundo. Contudo o homem sairá antes, para outro mundo. É o que afirmam também os ufólogos místicos, os religiosos, os gurus, os profetas de ontem e de hoje. Equivale à vinda do comandante de 15 milhões de naves, à passagem do cometa que levou os precipitados suicidas, ao arrebatamento pregado por Claude “Rael” Vorillon, por Trigueirinho, por Charlie Wells, enfim, apenas para citar alguns dos mais “atuais”. Val Ellam é mais do que atual. É novo, e seu vaticínio é tornado mundialmente público, pela maior revista de ufologia. Porém, velho na previsão.

Dirá o contraditor ­ e não será precisamente essa unanimidade que demonstra que tudo irá, insofismavelmente, acontecer? Sim, pode ser. Entretanto, o que pode ser é apenas questão de retórica. Bem como é simples questão de retórica fazer uma previsão desse tipo, em tais termos. Mormente quando se dá um tempo de “seis meses”.

Ao se encarar algo como “pode ser”, isto é apenas o que designa a chamada “conclusão apenas provável”, em termos de raciocínio. Pura intelectualidade lógica. Em nada diz respeito à realidade objetiva. Se quisermos nos aproximar o mais possível da realidade objetiva, estaremos lidando com o pensamento de cunho científico. Nenhuma das previsões escatológicas ou tanatológicas [Relativas à tanatologia, que em psicologia é o estudo dos mecanismos psicológicos usados para superar os efeitos da morte na mente humana] conhecidas, se realizou, porque nunca foram respaldadas cientificamente. Outra conclusão: a se trabalhar com a subjetividade de um sensitivo, tudo “pode ser”. Porém, a se usar a razão com pensamento fundamentado em dados, informações e experimentos concretos, que possam ser demonstrados… então NÃO. Não irá acontecer a invasão das naves gigantescas nem o arrebatamento, a intervenção de Ets mais evoluídos, a revelação bombástica da existência inquestionável dos discos voadores, nem a volta de Jesus, entre Novembro de 2006 e Abril de 2007.

Ficamos com a explosão de uma ou duas armas atômicas ou bombas químicas [tal como já foi amplamente usado por Saddam Hussein ­ NA], por volta de Outubro deste ano . Esta é uma das afirmações proféticas expressas, do médium aqui comentado. Quanto a isto, só nos resta torcer para que não aconteça.

Todavia, o sensitivo resguarda-se perante esta possibilidade. Enfatiza que seus amigos cósmicos e espirituais tentariam até o último momento influenciar as pessoas envolvidas no processo, com o fim de evitar a catástrofe. Ou seja, se não explodir, terá sido pela interferência deles. O que também nos deixa à vontade para especular ­ se esta influência for bem sucedida, a vinda de Jesus e das gigantescas naves extraterrestres poderão também ser convenientemente adiadas?

A linha de pensamento, bem como a previsão, expressam-se claramente na entrevista concedida pelo médium. Ele faz afirmações bastante contundentes, ao contrário do que tenta fazer crer o editorial que as divulga. Sobre Jesus, por exemplo, Ellam diz que dissociar dos fenômenos ufológicos é interpretação equivocada. Essa interpretação dos fatos é um erro. Com isto, deixa-nos novamente à vontade para comentar sobre quaisquer interpretações. Inclusive a dele. Além de afirmar que Jesus não tem absolutamente nada a ver com qualquer religião (SIC) ­ não se conhece algum fundamento sobre Jesus que não tenha como causa e não seja em razão de religiões ­ afirma que Ele veio como um ser de nossa própria espécie, mas de outras moradas da casa do Pai. À maneira da interpretação marginal a todas as teologias. O que gerou a observação no editorial, de que ele, por isto, não tem receio de atrair a ira de espiritualistas ortodoxos e doutrinários, que vêem a figura de Jesus de uma maneira quase religiosa (!).

Fica difícil saber se há espiritualistas e doutrinários, no sentido preferido pelo editorial, que não vêem a figura de Jesus de uma maneira religiosa. O “quase” restou isolado. Outras salvaguardas podem ser detectadas nas palavras do médium e no referendum da revista. Evitando a pecha de guru, já rechaçada por antecipação no editorial, ele, que já fez publicar quinze livros, avisa que nunca quis aparecer, mas pelo peso e pela contundência do que começou a receber desde março de 2006, é preciso revelar a tantos quantos queiram me ouvir. Depois volta a tocar na tecla do prazo, para informar que após a primeira aparição estrondosa, os seres, que o inspiram a escrever seus livros, voltarão algumas outras vezes em seus gigantescos veículos a preencher os céus. Mas não pousando nem interagindo conosco até que chegue o momento certo.

Vê-se assim que o prazo, sutilmente, tornou-se agora bem mais elástico. Se é que existe algum prazo. Continua indeterminado. Tudo como dantes… no quartel da Ufologia.

25 de Setembro de 2006.
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11 comentários sobre “Comandantes Estelares: Somos Marionetes?

  1. É lamentavel que pessoas que tentem tratar o assunto com um mínimo de seriedade acabem tendo que se afastar da ufologia como fez Carlos A. Reis ou se isolando (no caso jacques vallee) tamanho é a insanidade com q se trata o assunto.

    Concordo plenamente quando ele diz que se trata de um fenomeno de origem desconhecida (nem sempre) mas a pergunta que se faz é, e daí? talves estajamos mesmo sendo vizitados pelo duende verde da cueca amarela ou pelos homens cinza de andromeda e sabe-se lá por que cargas d’agua eles se escondam tanto (vai ver são algum tipo de gangue de assaltantes e sequestradores interestelares, ja pensaram nisso?) mas quem garante tambem que não seja alguma especie de “loucuraestericaestupidacoletiva” ou mera ilusão de otica, vai saber.
    Parabens a Carlos Reis e Ubirajara Rodrigues, pareçe q ainda existe gente sensata dentro da ufologia Brasileira.

  2. Como todos nós já esperávamos nada aconteceu em 4 de outubro de 2006. Esse cara é um lunático, drogado ou qualquer outra coisa para fazer uma revelação dessas.

  3. foi comprovado q israel ultilizou armas quimicas no libano! soh procurem se informar melhor… o texto n falava só de armas nucleares… as bombas causavam queimaduras horriveis sem nem mesmo derreter os pelos e as roupas… abraços…

  4. Militares israelenses e norte-americanos testam novas armas no Líbano

    Vários médicos que trabalham em hospitais do sul do Líbano explicaram à Efe, que as vítimas das áreas bombardeadas por Israel apresentam ferimentos que nunca tinham sido visto antes, apesar de sua experiência em outros conflitos.
    “Há poucos dias, recebemos nove cadáveres da entrada norte de Sidon e todos apresentavam lesões muito estranhas”, relatou Mayed Ozeiran, médico na cidade sulina de Sidon.

    “Embora não estivessem queimados, tinham a pele completamente negra”. Havia um espaço vazio entre a pele e o restante do corpo e não sangravam, embora tenham chegado meia hora depois do ataque.
    “Jamais tínhamos visto uma coisa assim”, afirmou.
    Ozeiran, que trabalha no mesmo centro médico desde 1982, ano da segunda invasão israelense do Líbano, acrescentou que os ferimentos das vítimas “não são de armamento convencional”, embora não possa dar uma explicação sobre que produto pode ter causado tais lesões.
    A mesma opinião foi expressa pelo médico Ahmad Umrua, diretor do hospital de Yabl Amel, na região de Tiro, uma das áreas mais castigadas desde o início dos ataques da aviação israelense, em 12 de julho.

    “Recebemos feridos que parecem queimados, mas cuja situação é muito rara e que exalam um cheiro muito estranho”, comentou antes de explicar que a “carência dos recursos mais básicos” faz com que seja impossível solicitar as análises pertinentes para determinar o que causou os ferimentos.
    No último dia 16, os meios de comunicação libaneses denunciaram que Israel estava utilizando bombas de fósforo branco – proibido na legislação internacional – em seus ataques ao sul do país, e em particular na área das Fazendas de Chebaa.

    O fósforo branco é uma substância amarelada que queima quando exposta ao oxigênio em temperaturas superiores a 30 graus centígrados. O incêndio que causa pode ser difícil de ser apagado e deixa uma espessa fumaça. As partículas incandescentes dessa substância podem causar queimaduras químicas profundas e muito dolorosas.
    Umrua denunciou, além disso, que o Exército israelense está atacando as estradas da região e deixando “ilhas de população incomunicável, as quais é impossível atender”.
    O médico, que cifrou em 236 os feridos recebidos por seu hospital – “todos civis” -, acrescentou que a artilharia israelense está disparando contra as “ambulâncias e os carros civis que tentam levar os feridos ao centro médico, já que os aviões atacam os veículos que se aproximam e os que transferem as vítimas a outros lugares”.
    “Também não temos meios para poder tirar as pessoas dos edifícios destruídos. Recebemos duas meninas e sua avó, que passaram 76 horas sob as ruínas de sua casa”, contou.

    ultima matéria da pagina

    http://www.jornalaguaverde.com.br/index.php?cod=100

  5. Israel usou armas químicas no Líbano

    A Convenção Internacional de Genebra proíbe severamente a utilização de armas químicas em guerras, como bombas com fósforo branco – que promovem queimaduras internas e externas nas vítimas, sendo considerado crime hediondo.
    Vários médicos que trabalham em hospitais do sul do Líbano explicaram à agência de notícias espanhola Efe que as vítimas das áreas bombardeadas por Israel apresentam ferimentos que nunca tinham sido visto antes, apesar de sua experiência em outros conflitos.
    “Semanas atrás recebemos nove cadáveres da entrada norte de Sidon e todos apresentavam lesões muito estranhas”, relatou Mayed Ozeiran, médico na cidade sulina de Sidon.
    “Embora não estivessem queimados, tinham a pele completamente negra. Havia um espaço vazio entre a pele e o restante do corpo e não sangravam, embora tenham chegado meia hora depois do ataque. Jamais tínhamos visto uma coisa assim”, afirmou. Este depoimento mostra que Israel está usando novas armas químicas de fragmentação que ainda não são do conhecimento da Convenção de Genebra.
    O médico Ozeiran, que trabalha no mesmo centro médico desde 1982, ano da segunda invasão israelense do Líbano, acrescentou que os ferimentos das vítimas “não são de armamento convencional”.
    A mesma opinião foi expressa pelo médico Ahmad Umrua, diretor do hospital de Yabl Amel, na região de Tiro, uma das áreas mais castigadas desde o início dos ataques da aviaão israelense, em 12 de julho: “Recebemos feridos que parecem queimados, mas cuja situação é muito rara e que exalam um cheiro muito estranho”, comentou antes de explicar que a “carência dos recursos mais básicos” faz com que seja impossível solicitar as análises pertinentes para determinar o que causou os ferimentos.
    No último dia 16 de agosto, os meios de comunicação libaneses denunciaram que Israel estava utilizando bombas de fósforo branco – proibido na legislação internacional – em seus ataques ao sul do país, e em particular na área das Fazendas de Chebaa.
    O fósforo branco é uma substância amarelada que queima quando exposta ao oxigênio em temperaturas superiores a 30 graus centígrados. O incêndio que causa pode ser difícil de ser apagado e deixa uma espessa fumaça. As partículas incandescentes dessa substância causam queimaduras químicas profundas e muito dolorosas nos seres humanos, isto é, provoca morte lenta e torturante – as vítimas são queimadas vivas.
    Após os ataques de Israel, mais de 100 mil bombas de fragmentação jogadas sobre o Líbano não explodiram, e continuam ameaçando a população civil.
    Umrua denunciou, além disso, que o Exército israelense atacava as estradas da região deixando “ilhas de população incomunicável, as quais era impossível atender”.
    O médico, que cifrou em 236 os feridos recebidos por seu hospital – “todos civis, a maioria crianças” -, acrescentou que a artilharia israelense disparava contra as “ambulâncias e os carros civis que tentam levar os feridos ao centro médico, já que os aviões atacavam os veículos que se aproximam e os que transferiam as vítimas a outros lugares”.
    A utilização de armas químicas de fragmentação pelas tropas invasoras israelenses é um crime contra toda a humanidade. Demonstra que além de não cumprir as resoluções das Nações Unidas, Israel não cumpre a Convenção de Genebra, e em conseqüência, deve ser considerado um Estado terrorista e criminoso.

  6. Morei na comunidade de Figueira, do Trigueirinho, em 1999 e
    2000, e presenciei tratamentos desumanos, trabalhos forçados,
    formas de escravidão moderna, racismos e preconceitos, amea-
    ças e tentativas de homicidio, coações e pressões psicológi-
    cas, hipnotismo em grupo, uso de substâncias desconhecidas,
    exploração de mão de obra de desamparados da sociedade e de-
    sempregados, etc.Posso dar muitos mais detalhes.

  7. São tristes esses caminhos “absurdos” que tomou a ufologia como fenômeno de massa. Porém, temos sempre que saber separar isso daqueles que tentam se utilizar da ciencia para resolver esses grandes mistérios dos OVNIs.
    Da mesma maneira, também é “absurdamente” triste que “pesquisadores” como Ubirajara Rodrigues(que embora badalado por caua de varginha, nunca foi lá essas coisas na pesquisa ufológica científica) resolvam atacar “toda” a ufologia internacional se utilizando de uma filosofia pobre (veja as entrevistas que deu para UFO) e de um ceticismo conservador que continua a calar-se quando confrontado com evidencias históricas e físicas do fenômeno Ufo dentro da hipótese HET.
    E pior ainda é o movimento cetico que pega tais “abortados” da mídia ufológica nacional e os transforma em icones da serenitude e da verdade.
    É tudo um samba das vaidades, discurso da miséria!

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