Bolas luminosas em laboratório — brasileiro!

Pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco e do INPE desenvolveram uma técnica inédita para gerar bolas luminosas com vidas na ordem dos segundos e de apresentar diversas propriedades geralmente observadas. De acordo com descrições ao longo de mais de dois séculos, as bolas luminosas flutuam no ar, saltam e rolam na terra. Sua duração varia de alguns segundos a centenas de segundos, deteriorando explosiva ou silenciosamente. As explicações para a formação e as propriedades das bolas luminosas foram buscadas ativamente durante todo esse tempo, mas ainda não há uma teoria aceita para o fenômeno.
Uma teoria recente proposta por Abrahamson e Diniss considera que ele é devido à oxidação de aglomerados de nanopartículas de silício gerados pelo calor intenso quando o relâmpago atinge o solo. Esta teoria é a base do trabalho dos cientistas brasileiros. Utilizando arcos elétricos, vaporizaram pequenas partes de wafers de silício puro e produziram, pela primeira vez em laboratório, bolas luminosas com características semelhantes às observadas no fenômeno natural.

Visite a página do Espaço Ciência para assistir a um vídeo. A nota também foi divulgada pela New Scientist, e o trabalho será publicado no Physical Review Letters.
Há quase um ano, um grupo israelense também havia produzido bolas luminosas aplicando microondas em um subtrato de silício e outros materiais, mas o método criava bolas com vida de apenas alguns milissegundos. O método pernambucano criou bolas que duram até oito segundos.
Mais detalhes sobre a teoria por trás do experimento pernambucano — formulada pelo neo-zelandês John Abrahamson — podem ser lidas em Marcianitos, e para mais sobre relâmpagos globulares, o dossiê em Perspectivas contém quase tudo que você jamais poderá querer saber sobre o assunto: Centellas o Rayos en Bola. Tais dossiês atualizados serão traduzidos e publicados em português em breve.

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