Helicoprion: além da ficção

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Se você achou o fictício “Ningen“ bizarro, apresentamos o Helicoprion. E esta aterrorizante criatura marinha é, ou melhor, era muito real, como evidenciado por seus peculiares dentes inferiores, cujos fósseis foram encontrados. Estima-se que o peixe podia crescer até mais de cinco metros.

Como todos sabemos e tememos, tubarões são máquinas predadoras e como tal fazem bom uso de seus dentes. Tanto que a maior parte das espécies conhecidas estão constantamente trocando-os. Os dentes não são fixos a suas mandíbulas, estão dispostos em várias fileiras, uma trás da outra, e quando um dente cai aquele na fileira anterior toma seu lugar. Algo como uma esteira rolante. De dentes afiadíssimos.

Mas nem sempre foi assim, e o Helicoprion era um peixe parecido com tubarões que surgiu no fim do Carbonífero, há 280 milhões de anos, e acabou extinto no começo do Triássico, há 225 milhões de anos.

Porque, você vê, os dentes do Helicoprion continuavam nascendo constantemente durante sua vida, mas eles não caíam. Ao invés, eles cresciam em uma espiral, com dentes novos e maiores sendo adicionados.

É mesmo engraçado que, após o encontro dos primeiros fósseis dos dentes do Helicoprion, cientistas especularam sobre onde diabos eles se encaixavam no peixe:

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Foi apenas com a descoberta do crânio de um parente, o Ornithoprion, que se percebeu que a espiral de dentes estava na mandíbula inferior. É difícil conhecer detalhes sobre a anatomia de tais peixes cartilaginosos extintos porque praticamente os únicos fósseis que deixam são seus dentes ósseos ““ as cartilagens se decompõem com o resto de seus tecidos moles.

Você pode conferir mais concepções artísticas da criatura por Gary Staab, no Field Museum e no Las Vegas Natural History Museum, embora a arte que ilustra o início deste post seja claramente a vencedora. Também há uma ilustração de um brasileiro de um Helicoprion se alimentanto de amonitas. Isto pode parecer uma brincadeira ““ um peixe com dentes em espiral se alimentando de um molusco com concha espiral ““, mas como a Wikipedia diz, esta é uma hipótese séria para explicar os dentes bizarros.

Outro peixe pré-histórico, e extinto, que mantinha seus dentes enquanto continuava a adicionar outros era o Edestus. Um tanto assustador, mas nada comparável ao terror do Helicoprion.

Penso que ninguém, mesmo no vasto campo de nossa arte, tenha concebido a imagem horrível de uma mandíbula espiral para um predador aquático. Cthulhu provavelmente tem uma mandíbula assim, mas Lovecraft não a descreveu.

Talvez soubesse que nós enlouqueceríamos ao ver algo assim.

[via UMAfan]

6 comentários sobre “Helicoprion: além da ficção

  1. Oi Mori, você viu a nova previsão de contato final com ETs feito para o próximo dia 14 de outubro por uma “ufóloga” australiana? Saiu no Terra essa semana.

  2. nossa senhora! mas será que esse bicho não esticava aquela coisa pra laçar os outros peixes? devia ser uma porcaria pescar um desses.

  3. concordo com o ultimo comentário.Vale lembrar que muitas lendas de
    gigantes e coisas do tipo vieram de fosséis que foram encontrados
    por povos antigos.Lá pelo século xviii os cientistas acreditavam
    até num tal de peixe-padre (ou algo assim)que era um humanóide parecido com o Papa!As idéias cientificas que temos atualmente um
    dia vão parecer ridículas.Mas também concordo que a ciencia pode
    ser muito mais estranha que a ficção

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