Prêmio "Candela" concedido ao boletim "Magonia"

Prêmio Candela

“É melhor acender uma vela do que praguejar contra a escuridão” – Adágio


PREMIADOS

  • Março de 2008

    O boletim britânico Magonia, mantido por John Rimmer, John Harney e Peter Rogerson. “Interpretando visões e crenças contemporâneas” há mais de quatro décadas, Magonia oferece ensaios e pesquisas com um estilo único, provando que a abordagem crítica a temas fortianos pode ser fascinante e verdadeiramente profunda e produtiva. Magonia foi e permanece sendo uma inspiração.

    O arquivo online principal do boletim está fora do ar, mas ainda pode ser acessado no Internet Archive.


  • Sobre o prêmio Candela

    Durante a febre da caça às bruxas na Europa, em que a única forma de provar sua inocência poderia ser afogando-se no fundo de um lago, poucas vozes ousaram se levantar contra as atrocidades cometidas em nome do sobrenatural.

    Foi especialmente neste contexto que o inglês Thomas Ady corajosamente publicou em 1656 o tratado “Uma Vela no Escuro“ advertindo que “o grande erro destes tempos é atribuir poder a bruxas, e pela tola imaginação dos cérebros dos homens, promover a matança de inocentes“. Escrito como conselho aos tribunais, seu tratado expunha as incoerências e injustiças de um dos extremos históricos mais conhecidos da irracionalidade.

    Em alguns países da África, no Paquistão e na Índia, pessoas inocentes continuam sendo assassinadas como bruxas, embora esta loucura em particular tenha se extinguido em grande parte do mundo. Mas ela deu lugar a muitas outras.

    Estas novas loucuras não costumam ser tão explícitas em suas atrocidades, porém seu impacto sobre a sociedade continua sendo tão nocivo quanto quando Ady advertiu sobre o perigo das “nações perecerem pela falta de conhecimento“.

    O astrônomo Carl Sagan referiu-se a Ady no subtítulo de sua última obra publicada trezentos e quarenta anos depois, em 1996. “O Mundo Assombrado pelos Demônios – A ciência vista como uma vela no escuro” é um livro escrito como conselho ao público sobre as incoerências e perigos das pseudociências.

    O prêmio “Candela” do projeto HAAAN, é assim uma reverência a Ady, a Sagan, e a todos os premiados pelo seu trabalho em ajudar a iluminar o mundo.

  • Um comentário em “Prêmio "Candela" concedido ao boletim "Magonia"

    1. Não precisa ir tão longe, Mori, basta dar um pulinho nos USA, o país cujas ciências os céticos amam de paixão e batem cabeças diante de seus pedestais de barro, e que parte da midia controladora e corrompedora promove maciça e gratuitamente (?).

      Como você sabe, o pais das tecnologias e inventos modernos que provam a inexistência do Criador e o superam, são uma federação de estados independentes, com suas próprias leis. Na Pensilvannia, se não me falha a memória, qualquer um que for acusado de bruxarias é levado ao tribunal. Perde a guarda dos filhos, fica detido em cela especial enquanto as investigações rigorosissimas se processam; vasculham-lhe a casa, mesa de trabalhos, resgatam ligações telefônicas, entrevistam as pessoas de suas relações de amizades, etc.

      Muitas vezes os parentes são também chamados ou detidos, somente porque são parentes do acusado. E se resolvem abrir processo, – o que normalmente fazem, – que pode levar anos rolando, o acusado ficará sob guarda judicial. Portanto, basta unicamente acusar e reunir “evidências”.

      O mais interessante nisso tudo, é que nos poucos casos em que nada se “comprova”, e o acusado-vítima volta a casa, terá perdido o emprego, mas não receberá qualquer indenização e não poderá recorrer à justiça! Há outros estados lá no tio Sam, com dispositivos legais semelhantes.

      Esses casos seriam pitorescos e interessantes, não fossem trágicos dos expropriadores dos direitos humanos.

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