Kenneth Arnold, 'Discos Voadores' e Vôo Ondulante

por James Easton, publicado no Voyager Newsletter n.13, em julho/2000 

As reações a uma avaliação crítica do caso Kenneth Arnold, como na maioria dos relatos apreciados de OVNIs, provou ser diretamente proporcional à convicção de que ele é uma evidência fundamental inabalável de que civilizações alienígenas visitam a Terra há muito tempo.
Isso é compreensível. Dito isso, o artigo a seguir é largamente desprovido de quaisquer opiniões pessoais e pretende apresentar novas evidências, além de uma reavaliação de alguns desenvolvimentos da pesquisa que eu já publiquei.
O material precedente está disponível [em inglês] em meu website em:
http://www.ufoworld.co.uk
O que eu posso adicionar agora é evidência significativa que apóia a premissa de que Arnold não pôde reconhecer que os nove objetos não-identificados que testemunhou foram um avistamento raro no oeste de Pelicanos Brancos Americanos – eu apóio as conclusões de que uma explicação não pode ser sustentada como uma aeronave, meteoros ou qualquer outra espécie de pássaro!
Levou um bom tempo para encontrar os dados exatos que procurava e eu nem estava certo de que eles tinham sido publicados. Eles foram e eu espero poder ajudar a apreciar as probabilidades gerais.
Um aspecto central da evidência é como esses objetos voavam em uma formação ondulante. Arnold relatou esta característica distinta que o intrigou tanto de uma forma peculiar, comparando o movimento dos objetos a um ‘peixe voando ao sol’ e ‘como um disco se você o jogar sobre a água’.
Não apenas esta última observação foi mal-interpretada pela mídia e responsável pela mitologia dos objetos em forma de ‘disco’, contrários à forma ‘parecida com um morcego’ que Arnold realmente descreveu, também houve um mal-entendido de que este aspecto se relacionava a cada objeto individual.
Ele não se relacionava; Arnold estava tentando explicar como todos nove voavam em formação e confirmou isto em seu livro subseqüente:

"Eu estava fascinado com esta formação de aeronaves. Elas não voavam como qualquer aeronave que eu já tinha visto antes. Em primeiro lugar sua formação era contrária à praticada pela nossa Força Aérea. A elevação da primeira nave era maior que a da última. Elas voavam em uma formação definida, mas erraticamente. Como eu as descrevi na época, seu vôo era como barcos de alta velocidade em águas turbulentas ou similar à cauda de uma pipa chinesa que eu vi uma vez tremulando ao vento. Ou talvez fosse melhor descrever suas características de vôo como muito similares à uma formação de gansos, em uma linha particularmente diagonal em cadeia, como se eles estivessem ligados. Como eu disse ao jornalista em Pendleton, Oregon, eles voavam como um disco se você o jogar sobre a água."

Novamente, a constatação crucial é como o vôo ondulante se relaciona à formação e não a uma, ou mais de uma das aeronaves.
Há pouco – se há algum – debate neste ponto e Arnold o confirmou em seu discurso no ‘Primeiro Congresso OVNI Internacional’ em Chicago, Illinois, em 24 de junho de 1977:

"Essas naves pareceram estar subindo um pouco enquanto seguiam a ponta a 170 graus e eu sabia que eu estava no mesmo nível que eles porque eles estavam no horizonte comigo, assim meu altímetro indicou um pouco mais de 9200 pés [2.800 metros], assim eles estavam voando a uma elevação em torno de 9200 pés, provavelmente um pouco mais ou menos já que eles meio que ondulavam, se você quiser chamar assim, enquanto voavam."

Essencialmente, Arnold descreve uma formação de frota, parecida com um cordão, ondulando enquanto viajava e de fato – bem como a cauda de uma pipa tremulando ao vento.
O que quer que esses nove objetos fossem, nós podemos começar a esboçar seu perfil.
Há outro atributo que eles tinham e que Arnold declarou que teve um grande impacto nele, presumivelmente relativo a sua consciência do quão peculiar seu avistamento era. Como Arnold colocou, eles "sacudiam e navegavam" e relembrou em seu livro:

"Outra característica destas naves que causou uma tremenda impressão em mim foi como elas sacudiam e velejavam, inclinando suas asas alternadamente e emitindo esses flashes azuis-brancos muito brilhantes de suas superfícies. Na hora eu não tive a impressão de que esses flashes eram emitidos por elas, mas que eram os reflexos do sol da superfície extremamente bem polida de suas asas."

Nós podemos agora esclarecer em nosso perfil e adicionar o fato de que esses objetos de alguma forma deram a impressão de sacudir, antes de navegar – ou, eu acho que nós podemos seguramente usar o termo mais apropriado; planando.
Quando eu recentemente li pela primeira vez a transcrição completa deste discurso do simpósio UFO – meus agradecimentos a Bruce Maccabee por fornecê-la – reconheci que havia outro detalhe que Arnold, mesmo 30 anos depois, ainda se lembrava:

"Eu observei que [as naves] pareciam… a primeira nave estava a uma elevação maior que todo o resto das naves, o que, obviamente, não é de forma alguma uma formação militar convencional, seja neste país ou na Rússia ou Alemanha ou qualquer uma que eu tenha ouvido antes. Assim eu simplesmente assumi, rapidamente, que elas eram algum novo tipo de míssil ou jato militar e possivelmente controlados remotamente. Eles realmente não voavam como aeronaves. Esse flash brilhante que vinha de suas superfícies no começo, pulsariam e eles se agitavam assim e velejavam e pareciam voar tão bem no extremo como o faziam no nível. Como eu mencionei anteriormente eles pareciam conectados em uma formação meio que em corrente diagonal, similar a gansos, mas, eh (risada) eles não eram gansos. Eu estava muito intrigado com isso. Entretanto, eu notei especialmente, eles eram todos independentes. Individualmente eles estavam voando por si, mas de vez em quando um deles daria um flash assim e ganharia um pouco mais de altitude ou se desviaria um pouco da formação de esquadrão. E isto ocorreu periodicamente entre eles… alternadamente, eu devo dizer, não em um ritmo regular particularmente entre as nova naves que eu estava observando".

Em seu livro, Arnold escreveu que quando os objetos sacudiam eles pareciam ‘inclinar suas asas alternadamente’ e enquanto o faziam, isso resultava em um flash ou luz refletida. Então, o objeto planaria.
Ele agora elabora o assunto e nos conta que "de vez em quando um deles daria um flash assim e ganharia um pouco mais de altitude ou se desviaria um pouco da formação de esquadrão".
Arnold também alegou que sua observação completa durou por aproximadamente dois minutos e meio e esta seqüência inclinação-flash-planagem ocorreu algumas vezes durante o breve avistamento. Ele confirma agora "isto ocorreu periodicamente entre eles", adicionando, "alternadamente, eu devo dizer, não em um ritmo regular particularmente entre as novas naves que eu estava observando".
O que ele quer dizer por ‘alternadamente’; aparece certamente em seu livro; "elas sacudiam e velejavam, inclinando suas asas alternadamente e emitindo esses flashes azuis-brancos muito brilhantes de suas superfícies".
Aparentemente, ele está explicando que a característica inclinação-flash-planagem era expressada pelos objetos individuais "alternadamente".
"Alternadamente" é defi
nido pelo meu dicionário como "ocorrendo em turnos" e "trocando regularmente ou em sucessão", o que parece também definir a observação específica que Arnold está tentando conduzir.
Nós podemos agora pintar um quadro razoavelmente detalhado de nossos nove misteriosos artefatos aéreos:
1. Eles eram parecidos com morcegos, ou em forma de crescente, ou como Arnold escreveu em sua entrevista no rádio que deu à KWRC em 25 de junho de 1947, no dia após o encontro, "Eles pareciam com um prato de torta cortado no meio com um tipo de triângulo convexo na traseira".
2. Eles voavam em uma formação de esquadrão, parecida com uma corrente, ondulando enquanto viajava.
3. Eles freqüentemente e alternadamente pareciam se inclinar, resultando em um flash ou luz do sol refletida (embora talvez nem sempre) e isto era seguido por um período de planagem.
4. A inclinação-flash, mas não planagem, também fazia com que o objeto parecesse seja ganhar altitude ou se desviar levemente da formação. Evidentemente, isto se relacionava com a ação que produziu o momentum.
5. A inclinação-flash-planagem foi vista várias vezes durante uma observação de aproximadamente 150 segundos. Entretanto, ela pode ter ocorrido mais vezes, já que Arnold mencionou como durante o incidente virou sua aeronave para obter uma visão mais clara dos procedimentos. Presumivelmente os objetos foram perdidos de vista no momento em que ele completou a manobra.
Se isto é, como pretendido, uma análise detalhada e acurada dos objetos testemunhados, então qualquer identificação teorizada deve englobar uma explicação para alguns, e idealmente todas estas características distintas.
Quando eu considerei primeiro o caso Arnold, minha pesquisa inicial exclui, como a outros o fizeram, por definição a explicação mais provável – de que essas eram meramente nove aeronaves. Apesar da impressionante similaridade da descrição em forma de crescente de Arnold e as contemporâneas e sem cauda ‘asas voadoras’ Northrop ou, especulativamente, as contrapartes alemães Horten, haviam razões para descartar qualquer uma de suas aeronaves pudesse ser responsável, muito menos nove delas.
Havia outra possibilidade e particularmente sustentada pelo número de objetos envolvidos – uma formação de pássaros.
Quando descrições breves de detalhes dos relatos de Arnold foram fornecidas aos ornitologistas do Noroeste do Pacífico, vários identificaram a mesma espécie de pássaro como exibindo, em formação, características notavelmente similares e bem distantas às relatadas por Arnold. Michael Price, um ornitologista de Vancouver, sugeriu primeiro:

"Há uma espécie que é uma candidata possível na área naquela época do ano, a qual a cor, tamanho, perfil de vôo e tendência a vôo em formação em altitudes por vezes altas iria produzir todos os detalhes do fenômeno que Arnold observou: um grupo de Pelicanos Brancos que não se reproduziram indo ao sul. Eles seriam grandes o suficiente para serem visíveis a uma boa distância, eles voam em formação e se a luz estivesse refletindo diretamente do grande pico congelado próximo, seu branco comparativamente vasto iria refletir um monte [ênfase de Michael] de luz no padrão exatamente como descrito por Arnold."

Até esse ponto, eu não estava nem um pouco a par dos Pelicanos Brancos Americanos!
O objetivo agora é examinar o que exatamente constitui um vôo ondulante, por que quaisquer pássaros ou veículos aéreos iriam desejar utilizá-lo e dentro deste contexto, como os detalhes dos Pelicanos Brancos Americanos se comparam aos testemunhos de Arnold.
Isto traz à tona duas novas fontes e a primeira referência a um documento científico entitulado ""Bounding and Undulating Flight in Birds" [Parada e Vôo Ondulante em Pássaros], por J. M. V. Rayner, publicado no ‘Journal of Theoretical Biology’ [1985) volume 117, pages 47-77].
Rayner nota que o vôo ondulante é "adotado por muitos pássaros maiores" e que ele é "particularmente notável" em algumas espécies, incluindo "vários Pelicaniformes" [o que inclui os Pelicanos Brancos Americanos].
Ele escreve:

"Embora superficialmente similar a paradas em que as batidas de asa ocorrem em estouros, o vôo ondulante difere marcadamente em sua contribuição ao desempenho. Agora, o peso é sustentado continuamente, a velocidade ao chão permanece virtualmente constante, e apenas o impulso é intermitente; a fase de batida de asas é usada para ganhar altura ao invés de aceleração vertical…".
"A necessidade de um pássaro ondulante de ser capaz de planar pode restringir o vôo ondulante a espécies com um bom desempenho para planagem…".

Com mais ou menos 30 páginas, é um documento informativo, entretanto o excerto acima deve ser suficiente.
A segunda referência vem de ‘The Life of Birds’ [A Vida com os Pássaros], de Sir David Attenborough [ISBN 0563 38792 0, pages 47-48].
Discutindo ‘The Mastery of Flight’ [O Domínio do Vôo], Attenborough escreve:

"Bater asas requer tanta energia que é claramente valioso fazer isso da forma mais econômica possível. Um método simples de alcançar isto é parar de vez em quando…".
"Até um pássaro grande pode economizar em suas batidas de asa. Se ele parar de bater suas asas não fechadas mas abertas, sua área de superfície é grande o suficiente para impedir sua queda e ele planará. Pelicanos regularmente fazem isso. O quanto eles podem planar depende do quão longe do chão eles estão, quanta altitude eles podem perder e o quão rápido eles estão viajando. Pelicanos brancos têm uma forma adicional de economizar energia. Eles tiram vantagem da turbulência do ar criada pelos seus próprios companheiros. A alta pressão de ar criada abaixo da asa pela sua forma de aerofólio extravasa na ponta da asa para a área de baixa pressão na superfície superior. Esta pequena corrente ascendente no ar permanece brevemente em seu rastro. Um pelicano voando em grupo tira vantagem disto ao voar atrás da ponta da asa de um pássaro à frente ao invés de diretamente atrás de sua cauda. A estação de ponta da asa também dá uma visão melhor do que está à frente. Assim grupos de pelicanos freqüentemente ficam em uma formação em V. Além disso, por causa do efeito da turbulência da ponta da asa estar em seu máximo imediatamente depois de uma batida para baixo da asa e rapidamente se dissipa, os pelicanos não apenas voarão em formação, mas baterão suas asas com uma precisão quase que a de um grupo de balé bem treinado. O único pássaro do grupo que não se beneficia desta forma de vôo é o líder do esquadrão e depois de fazer sua parte, ele passará para trás e permitirá que outro tome seu lugar. Gansos também voam desta forma para formar enormes e inesquecíveis grupos pelo céu".

Grupos de pelicanos também voarão em uma formação em "L" e eu já vi um filme deles voando em um esquadrão disperso e indefinido.
Com evidência prévia confirmando as capacidades reflexivas dos Pelicanos Brancos – eles são afinal o maior pássaro na América do Norte, predominante todos brancos e com uma envergadura de 3 metros – nós podemos aplicar todos atributos documentados dos objetos de Arnold e considerar uma correlação.
[1. Eles eram parecidos com morcegos, ou em forma de crescente, ou como Arnold escreveu em sua entrevista no rádio que deu à KWRC em 25 de junho de 1947, no dia após o encontro, "Eles pareciam com um prato de torta cortado no meio com um tipo de triângulo convexo na traseira".]
Pelicanos Brancos, assim como a maioria dos outros pássaros, obviamente têm um perfil parecido com morcegos e ao c
ontrário de outras espécies, também não têm cauda, ao invés disse têm um ‘pequeno triângulo’ na parte de trás.
[2. Eles voavam em uma formação de esquadrão, parecida com uma corrente, ondulando enquanto viajavam.]
Um acerto exato.
[3. Eles freqüentemente e alternadamente pareciam se inclinar, resultando em um flash ou luz do sol refletida (embora talvez nem sempre) e isto era seguido por um período de planagem.]
Como demonstrado, Pelicanos Brancos vistos contra um fundo de neve cobrindo montanhas podem refletir luz enquanto batiam suas grandes asas.
Caso positivo, este é também um paralelo distinto.
[4. A inclinação-flash, mas não planagem, também fazia com que o objeto parecesse seja ganhar altitude ou se desviar levemente da formação. Evidentemente, isto se relacionava com a ação que produziu o momentum.]
Como mostrado, a razão da batida de asas é justamente para ganhar altitude.
[5. A inclinação-flash-planagem foi vista várias vezes durante uma observação de aproximadamente 150 segundos. Entretanto, ela pode ter ocorrido mais vezes, já que Arnold mencionou como durante o incidente virou sua aeronave para obter uma visão mais clara dos procedimentos. Presumivelmente os objetos foram perdidos de vista no momento em que ele completou a manobra.]
Pelicanos Brancos voam com várias batidas de asas, seguidas por uma longa planagem. Qualquer repetição observada é esperada.
Não há simplesmente argumento contrário a que em todos estes aspectos, os nove objetos que Arnold testemunhou se comportavam notavelmente similares a Pelicanos Brancos e distintamente assim.
Em resumo, nós podemos agora entender melhor porque uma formação de pelicanos voa em uma formação de esquadrilha, parecida com um cordão. Eles empregam um movimento de batidas e planagens para conservar energia e as batidas de asa intermitentes permite que eles ganhem altitude devido ao momentum ascendente. Seu vôo ondulante é uma conseqüência direta.
Uma frota de nove espaçonaves alienígenas parecidas com morcegos, tecnicamente superiores poderia voar em uma formação de esquadrilha parecida com a cauda de uma pipa e exibir um movimento de inclinação e planagem porque…
A sacudida poderia permitir que elas ganhassem um pouco de altitude porque…
Elas continuamente empregam este vôo ondulante, inclinado e planado e a vantagem de todos eles fazerem isso continuamente a muito mais que mil milhas por hora é…
… talvez um pouco improvável.
Como nós sabemos, a conjectura extraordinária de que essas eram espaçonaves ETs cresceu, primariamente em anos posteriores, devido à história de Arnold de objetos grandes e distantes que foram do Monte Rainier ao Monte Adams em pouco tempo, que ele ‘cronometrou’.
Arnold alegou que podia estar certo de que eles estavam muito longe porque eles rapidamente desapareceram atrás de uma "projeção recortada" ou "pico agudo" no Monte Rainier e ele sabia que o Monte estava a uma distância em torno de 25 milhas [40 Km].
Depois de minhas conversas recentes com os especialistas locais, nós agora sabemos também que ele estava evidentemente enganado sobre isso e de forma fundamental. O ‘pico recortado’ foi identificado como quase certamente ‘Little Tahoma’ – parece que não há quaisquer candidatos alternativos – e ele está no lado extremo do Monte Rainier da posição de Arnold, eles não poderiam ter viajado atrás do pico sem também ter desaparecido atrás da montanha por algum tempo. Como Arnold declarou que os objetos voaram entre sua posição e a montanha, algo está terrivelmente fora de ordem.
A resposta padrão é que Arnold estava enganado e contra um fundo coberto de neve, enganou-se sobre os objetos momentaneamente passando por trás de Little Tahoma quando eles absolutamente deviam estar em algum lugar na frente dele. Se Little Tahoma é o ‘pico de Arnold’ – como o historiador UFO Brad Sparks está determinado de que deve ser e antes que eu obtivesse confirmação de fontes peritas – então as percepções de Arnold de velocidade e distância devem ser consideradas compreensivelmente como não confiáveis.
De consideráveis discussões que ocorreram na ‘UFO Research List’ – todo o material lá é ‘exclusivo da lista’ a menos que explicitado o contrário – Brad expressou sua convicção de que o avistamento de Arnold permanece um caso UFO altamente confiável e propõe em cenário alternativo; a trajetória dos objetos de Arnold realmente os levou atrás do Monte Rainier. Como eu apontei, entretanto, Arnold confirmou em várias ocasiões que os objetos eram visíveis contra o Monte Rainier e foi assim que ele pôde discernir alguns detalhes a respeito de sua forma.
Uma fotografia aérea do Monte Rainier, que parece ter sido tirada da mesma perspectiva (embora em pouco mais próxima a Rainier) que o local de Arnold sobre Mineral, Washington, pode ser vista ao lado.
O pico recortado à direita do Monte Rainier é Little Tahoma.
Outra foto ilustrando Little Tahoma também está mais abaixo.
Se esta anomalia de evidências crucial não pode ser reconciliada, então permanece um fator predominante em qualquer premissa de que os objetos de Arnold podem ter sido uma formação de Pelicanos Brancos.
Outros aspectos que jogam dúvidas na natureza incomum destes objetos foram apontadas previamente (veja o material mencionado em meu website) e especialmente relevante é o encontro aéreo posterior de Arnold com até 25 objetos de 2 a 4 pés de diâmetro, com cor de latão que "pareciam patos" e "tinham as mesmas características de vôo que os objetos grandes que havia observado em 24 de junho". Arnold acreditava que este, o segundo dos 8 avistamentos ‘UFO’ que teria, também era de objetos não-identificados enigmáticos.
Durante minha pesquisa, o historiador UFO Ed Stewart descobriu um relato de jornal pouco conhecido datado de 12 de julho de 1947, no qual a tripulação de um avião do Noroeste do Pacífico encontrou "nove discos grandes e redondos balançando em direção ao norte a dois mil pés abaixo de nós". Por que esse não se tornou um importante avistamento de ‘disco voador’ corroborativo? Porque o piloto e o co-piloto confirmaram, "Nós investigamos e descobrimos que eles eram reais, certo – pelicanos reais".
Objetos como morcegos que se inclinam e então planam, que ganham altitude quando se inclinam – comparativamente com o relato acima – "balançam" e também utilizam o vôo ondulante como uma formação de pássaros, e os quais as testemunhas notam as mesmas características a uma formação de 25 objetos voadores que pareciam patos, um ponto de referência usado como marcador de distância revela estar do lado errado da montanha…
Se os objetos intrigantes de Arnold eram de fato uma frota de nove viajantes não-terrestres, parecidos com morcegos, foi uma observação razoavelmente única e não conectada com a descrição popularizada pela mídia de ‘discos voadores’. Além de, é claro, ser a fundação mal-interpretada deles.
Alguns podem concluir que até Scooby-Doo e Shaggy iriam eventualmente descobrir isso.
Outros sem dúvida irão discordar. 
De discussões recentes com Philip Klass, eu sei que ele está se segurando firmemente à conclusão de que os nove objetos de Arnold eram meteoros.
Eu convido Phil a reconsiderar e explicar porque meteoros poderiam exibir a formação de esquadrilha, parecida com um cordão que agora foi elucidada dos vários relatos de Arnold, como eles poderiam repetidamente ‘inclinar-se’ e então planar e também ganhar alguma altitude
durante a fase de ‘inclinação’, etc.
Talvez como um resultado da velocidade subseqüentemente calculada de Arnold e presumida como confiável de ‘mais de mil milhas por hora’ [mais de 1.500 Km/h], era um requerimento prévio explicar suas observações relatadas ao sugerir objetos em movimento rápido alternativos.
Com a identificação de Little Tahoma provando ser um marco decisivo, isso não é mais necessário e a menos que as circunstâncias mudem, nunca será.

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Um comentário em “Kenneth Arnold, 'Discos Voadores' e Vôo Ondulante

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