Primeiro Simão, depois Jesus? Culpa de Judas
Uma tábula falando da morte e, três dias depois, do renascimento do Messias. Não seria grande coisa, não fosse o detalhe de que dataria de décadas antes do nascimento de Jesus, e parece fazer parte do culto a um homem chamado Simão.
O NYT cobre a polêmica em torno deste artefato, com as ressalvas mais do que necessárias. Dan Brown e seu infame Código, incrivelmente, não são o pior que já ocorreu em anos recentes.
As “coincidências” entre o mito cristão e vários mitos pagãos que o antecederam já são, ou deveriam ser, bem conhecidas. Na rede há o POCM, em inglês, e em português os internautas podem se contentar com a primeira parte de Zeitgeist (indique referências melhores nos comentários, se conhecer!).
Porém assim como Zeitgeist está repleto de erros que acabam por corroer seu impacto (e isso apenas na primeira parte, já que as outras duas os erros se tornam cada vez mais comuns que os acertos), uma outra série “bombástica” de revelações jesuísticas recentes também esteve repleta de furos, mas com uma surpresa. Foi promovida pela National Geographic.
O Evangelho de Judas, que o transformaria de vilão em santo, parte de um projeto em que a merecidamente respeitada sociedade investiu milhões, foi saudado com entusiasmo e curiosidade por muitos que já há um bom tempo interpretam a história de Jesus de forma alternativa. Para eles, um Judas benevolente não seria nenhuma novidade, e o próprio conteúdo do evangelho apócrifo já seria conhecido há milênios.
Não fosse um outro detalhe. Logo após a publicação aberta dos fragmentos e da tradução do evangelho, acadêmicos começaram a encontrar problemas em toda essa história. Há, em inglês, um bom artigo sobre toda a discussão e seus desenvolvimentos mais recentes. Vários trechos cruciais da tradução original do time de acadêmicos da National Geographic são questionados, e alguns já foram mesmo reconhecidos como erros pela sociedade, e corrigidos em novas edições.
No todo, não só não está de forma alguma claro que o Evangelho de Judas o redima, como há boas indicações de que nele o dito cujo seja mais do que condenado como um demônio que não será redimido pelos seus atos.
Erros tão grandes em outros contextos significariam fraude, e com a National Geographic e acadêmicos luminares e sérios envolvidos, não é uma acusação corriqueira. O que com certeza houve no caso de Judas foram falhas devidas à natureza comercial do projeto ““ não houve revisão ampla da comunidade acadêmica antes da divulgação dos resultados.
Já se a pesquisa teria sido influenciada pelo prospecto de que um Judas supostamente revolucionário daria mais retorno, é a questão mais delicada.
O mais curioso a respeito de tudo isso, aparte os bastidores e as limitações desta saga (de estudo) bíblica, é que o fato de que o evangelho de Judas o redimiria já é sabido desde o século II, há mais de mil anos e pouco depois de tal evangelho ser registrado. Ele foi comentado por Ireneu nessa época, que descartou tal interpretação, e embora tenha se perdido logo depois, sua existência e conteúdo de acordo com Ireneu eram conhecidos e influenciaram todo tipo de idéias. Ou pelo menos, assim se acreditava.
Ironicamente, ao descobrir finalmente uma cópia preservada do evangelho apócrifo, o que podemos ter encontrado não é a idéia “revolucionária” e “surpreendente”, da qual se sabia desde Ireneu, de um Judas benevolente, mas de que o Evangelho de Judas na verdade não dizia nada disso. Isso sim é inesperado e inovador.
E Simão e Jesus? Seria um mundo muito simples se Jesus simplesmente tivesse, ou não tivesse, existido, e se sua história fosse falsa. Ou verdadeira. A realidade é bem mais complicada.
Hum…recomendo o livro “A imagem mítica” de Joseph Campbell. Um livro com muita erudição e sem nenhuma apelação (pra rimar).
http://panclasta.blogspot.com/2007/12/zeitgeist-um-filme-sobre-as-grandes.html
aqui tem o zeitgeist completo com legendas
Aos especialistas em desmentir evidências e imaginar situações unicamente apoiadas em parâmetros terrenos, informo que os Ovnis voam sempre em linha reta, fazem manobras a 90 graus e param subitamente no ar; sobem e descem verticalmente, imprimem velocidades e arremetidas fantásticas e desaparecem de repente.
Logo, podem perfeitamente amortecer um impacto contra uma aeronave e causar somente pequenos amassados nelas!
eles tambem são feitos de uma substancia invisivel a “imagilina”
Oi, você disse que o documentário Zeitgeist apresenta muitos erros.
Você poderia fazer uma coluna sobre eles?
é isso mesmo marcelo, jesus existe sim,ta escrito na biba né!!! oras, e fim de papo…alias sr marcelo tenho visto seus comentarios nesse site, vc é meu heroi cara.
A ciência tenta descobrir a existência do homem e da fé, mas não conseguem, esta escrito todas as coisas me convêm, mas nem todas as coisas me são licitas, por isso a ciência ira tentar retirar a cloria de Jesus,mas tem um eniguima, nem tudo será revelado para o homem.