Dendera: lâmpadas elétricas faraônicas?

por Frank Doernenburg, original em ‘Mysteries of the Past

Os Faraós usaram lâmpadas elétricas durante a construção de suas tumbas? Há, segundo alegam alguns, evidência para tal.

Em primeiro lugar há algo faltando: Fuligem! Em nenhum dos aproximadamente 400 sistemas subterrâneos de túmulos podemos encontrar qualquer traço de fuligem, embora os túneis e câmaras tenham sido escavados com precisão na pedra e freqüentemente tenham sido pintados de forma bem artística. As lamparinas disponíveis aos egípcios – velas, tochas, lamparinas a óleo – deixariam fuligem de forma inevitável. Então como os egípcios iluminaram tudo?

Uma explicação possível vem de um artefato achado 100km a leste, onde hoje está o Iraque: Um pote com um estranho conteúdo. Um cilindro de cobre, selado com betume até a abertura, contendo um bastonete de ferro corroído bem no meio do cilindro. Desde o começo em 1936 o escavador estava certo: Este é um dispositivo galvânico, uma bateria. De fato, tentativas de reconstrução mostraram que é possível produzir eletricidade com ele.

O último pedaço de evidência entretanto é o desenho em relevo de um estranho objeto, que pode ser achado em uma caverna subterrânea abaixo do templo de Hathor em Dendera, Egito. Algumas imagens mostram dispositivos como bulbos, dentro dos quais dois pequenos braços se estendem antes do extremo largo e redondo. Estes braços são apoiados por uma coluna que se parece muito com um isolante de alta voltagem moderno. No extremo fino, entretanto, há algo como um cabo dentro do bulbo de vidro. Dele pode ser vista saindo e quase alcançando os braços na outra extremidade uma cobra, flutuando no ar. Todo o arranjo tem uma semelhança incrível com uma lâmpada elétrica.

Seria esta a prova? Os egípcios conheciam lâmpadas elétricas? Caso afirmativo, de onde eles aprenderam o princípio? Será que eles inventaram por si mesmos ou alguém lhes ensinou?

O mistério da fuligem ausente

As afirmações de que os sistemas de tumbas estão praticamente sem fuligem são de fato intrigantes. Mas não da forma assumida por muitos autores: O mistério é por que nenhuma fuligem é encontrada se todas tochas/chamas e lamparinas a estão emitindo.

Praticamente todos túmulos e pirâmides já haviam sido abertos em tempos antigos e na época de Heródoto (por volta de 470 A.C.) eram populares pontos turísticos por assim dizer. Inscrições dessa época são testemunhas dessa popularidade.

Posteriormente, desde o tempo dos árabes em torno do ano 1000 até o interior das pirâmides tornaram-se áreas turísticas. Assim, o tempo em que pesquisadores e ladrões de túmulos estiveram dentro das tumbas nos últimos 300 anos deve ser maior que o tempo ocupado pelos construtores originais. Pelo menos nesse período podemos ter certeza de que ninguém usou lâmpadas elétricas faraônicas, mas sim tochas, velas e lamparinas.

Então onde está a fuligem?

O que autores como Peter Krassa e Reinhard, que tornaram a tese de lâmpadas elétricas faraônicas conhecida ao grande público esquecem é que nós também iluminamos nossas casas, igrejas, escritórios e oficinas com velas e lamparinas em pleno século XX. E eu não me lembro de ver o castelo de Windsor, Versailles ou outras construções de esplendor tendo que ser repintadas a cada dois anos. Depois de séculos de iluminação as marcas de fuligem tornam-se reconhecíveis. Mas não durante os poucos meses ou anos que foram necessários para construir uma tumba egípcia.

Se você quiser se convencer isto, pode fabricar uma lamparina a óleo do tipo que até um homem das cavernas poderia ter usado sem muito esforço. Você só precisará de uma tigela rasa, como um cinzeiro por exemplo, um pavil com 5 a 10cm de fibra de planta natural e algum óleo comestível. Os egípcios usavam óleo de palmeira ou de oliva, e o último será suficientemente realístico para nosso experimento. É importante que o pavil não contenha fibras artificiais!!!

Agora encha a tigela com óleo, embebeda o pavil com um pouco de óleo e ponha-o na beirada da tigela, de forma a deixar aproximadamente 5-7 milímetros para fora da tigela. Acenda o pavil e observe. Se o pavil não for muito comprido, você não conseguirá descobrir nenhuma fuligem! Pegue uma superfície clara como um prato e a segure a uns 50 cm da lamparina. Você não verá nenhuma fuligem mesmo depois de horas. Apenas se você segurar o prato na parte superior da chama será possível produzir depósitos de fuligem. O mistério em torno da fuligem ausente não existe. Não é uma evidência ou prova válida de uma forma técnica de iluminação usada no Egito Antigo.

A bateria de Bagdá

A única indicação de eletricidade na Antigüidade até o momento é uma coleção de pequenos potes achados perto do que hoje é Bagdá. Os mais antigos foram achados em um assentamento Parthi, que era habitado na época do nascimento de Cristo. O local da descoberta – presume-se um vale que coincidentemente foi descoberto como sendo uma vila antiga em 1936 – sugere um assentamento ainda posterior. Os outros potes podem até ter sido jogados pelo século XIII. Disso tudo, qualquer uso de tais dispositivos no Egito Antigo parece muito improvável.

Desde o começo o escavador chefe Wilhelm Koenig era de opinião que esses potes haviam sido baterias usadas para galvanizar objetos. Alguns achados e manuscritos levaram à crença de que os Parthians conheciam um método de cobrir cobre ou prata com ouro usando cianeto de ouro – sem o uso de eletricidade. Com a reconstrução da suposta bateria a taxa de galvanização podia ser quadruplicada.

Bateria = energia?

Há certamente diferenças entre uma técnica de galvanização acelerada e a iluminação de uma lâmpada elétrica. No primeiro caso, pequenas amperagens e voltagens são suficientes para o trabalho, mas não no segundo. Mesmo uma pequena lampadinha precisa em torno de um Watt para fornecer uma tênue luz.
O desempenho de uma bateria é o produto da voltagem e amperagem (volt vezes ampére). A voltagem é dependente da distância dos assim chamados potenciais normais na tabela eletroquímica, um princípio conhecido há aproximadamente 200 anos.

A amperagem entretanto depende da superfície dos eletrodos usados. Uma bateria ideal possui dois eletrodos com superfícies tão grandes quanto possível, com materiais separados tão longe quanto possível na escala eletroquímica. Por exemplo, baterias de discos como a famosa pilha de Volta, que consistia de placas de cobre e zinco. Ou nossas baterias de zinco e carvão, nas quais o eletrodos central é de carvão ativado com uma superfície ativa tão grande quanto um campo de futebol americano. As ‘baterias’ achadas em Bagdá entretanto são muito pobres em comparação. Algumas continham apenas metais iguais (bastonetes de cobre em cilindros de cobre) e assim não poderiam produzir nenhuma voltagem. E aquelas poucas que contêm o par de metais cobre/ferro que estão separados apenas 0,5 volts na escala eletroquímica, têm bastonetes únicos de ferro com uma superfície mínima como contra-eletrodos.

Baterias = luz?

Eu fiz uma reconstrução de uma bateria do tipo Bagdá. Ela produziu em torno de 0,4~0,5 volts com contatos abertos, e teve uma amperagem em curto circuito
de 50mA. O desempenho elétrico é portanto de 25 miliWatts sem dispositivos conectados (o que torna-se 1/10 com apenas uma lâmpada ligada).

Isso significa portanto que para a operação de apenas uma lâmpada de 1 watt seria necessária a quantidade ridícula de quarenta baterias! Já que cada bateria pesa aproximadamente 2 quilogramas, a lâmpada egípcia sem caixa e fiação pesaria em torno de 80Kg!

Ah, depois de aproximadamente 8 horas de fornecimento de energia o interior da bateria decompõe-se em uma lama verde e venenosa que precisa ser jogada fora. Para a iluminação de locais de construção com baterias isso significa:

Uma lâmpada de 1 Watt requer 40 baterias por dia útil.
Um trabalhador precisa de uma lâmpada
10 trabalhadores escavavam cada local
cada escavação levava dois anos (de cálculos muuuuito bem estimados)
-> cada sistema precisa de 292.000 baterias!
Peso total: 584 toneladas!
Há 400 grandes locais subterrâneos no Egito
-> 116 milhões de baterias seriam necessárias
–> Em um total de 233.600 toneladas!

Todas essas baterias teriam que estar em algum lugar como ferro velho ou lixo. O número de baterias achadas no Egito, entretanto, é ZERO!

Há outro item menor sempre ‘esquecido’ pelos proponentes de baterias antigas: O ferro. Ferro era um metal raro e precioso no Egito, porque não há minas de ferro por lá. As mais próximas minas de ferro estão na atual Turquia, que na época dos egípcios estava em firme possessão dos Hititas, que tinham um monopólio em produzir itens de ferro desde 1600 AC. Mas cada ‘bateria’ precisava de um bastonete central de ferro como eletrodo principal. Assim é simplesmente impossível que um metal usado pela primeira vez em 1600 AC tenha desempenhado um papel central em iluminar pirâmides construídas mais de 1000 anos antes! Cada bateria continha ao redor de 150 gramas de ferro, assim para que todas 400 grandes tumbas em torno de 17.400 toneladas deste metal mais precioso que ouro eram necessárias!

Destes números podemos concluir facilmente que a operação de lâmpadas elétricas com as assim chamadas baterias de Bagdá era simplesmente impossível. Mas nenhuma outra fonte antiga de energia é conhecida, assim qualquer lâmpada encara o problema da ausência de uma fonte de força.

No programa de televisão "Aliens – eles retornam?" de Erich Von Daniken, ele tentou fazer uma conexão entre as baterias de Bagdá e as lâmpadas de sua forma típica. Ele tentou sugerir que uma lâmpada de descarga de gás poderia ser alimentada por tal bateria. Assim ele conecta um multímetro digital à bateria – um ruído alto sugere uma alta voltagem. Então nós podemos ler uma voltagem não definida de "0293" no medidor; depois ele apresenta uma ‘reconstrução’ de uma lâmpada de gás do tipo Dendera também conectada a um medidor, e dá a impressão de que ambas as voltagens são iguais!

Outras fontes de energia

"Se os egípcios já conheciam baterias, então geradores diferentes provavelmente também teriam sido conhecidos" é uma forma alegre, mas absurda ou errada de provar uma teoria.

Quando Volta experimentou com suas baterias (aliás, 10.000 vezes mais eficientes), ele vivia em um era de pesquisa e progresso. Cada detalhe, cada aperfeiçoamento era publicado e centenas de cientistas ao redor do globo estavam ocupados com o estudo da natureza e trocavam seus resultados em inumeráveis publicações. Mesmo assim demorou quase 200 anos até que a indução fosse descoberta, e dela no final o gerador foi desenvolvido. Isto requeriu uma inumerável quantidade de pequenos passos, e cada um deles pode ser reconstruído de diversas publicações.

Para a região Pártica, Babilônica ou Egípcia não há entretanto evidência conhecida de um estudo sistemático de física ou química, o que é um pré-requisito mandatório para o desenvolvimento de tal técnica. Mas sem esse conhecimento nenhum gênio amador poderia "por coincidência" inventar algo como um gerador. Esta conclusão é portanto tão razoável quanto dizer "Eles tinham rodas, portanto conheciam o motor a combustão interna".

Enquanto nenhuma descoberta a respeito do desenvolvimento de tal tecnologia seja feita, nós devemos excluí-la. Até Krassa/Habeck declaram o pilar Djed, para nossa surpresa depois de defini-lo na primeira metade de seu livro como um "isolador elétrico", como um gerador que produz eletricidade com "ar quente e poeira"…

Inquestionavelmente lâmpadas?

Os relevos de Dendera mostram, como se pode ver na foto, um bulbo em forma de pêra com aproximadamente 2,5m, que parece ter um diâmetro máximo de 1 metro e algo em torno de 50 cm de diâmetro no extremo fino. Que tal objeto poderia funcionar como uma lâmpada fluorescente foi mostrado pelo engenheiro W. Garn, que projetou uma lâmpada que parece-se com esta representação. Os pequenos braços, estendendo-se adentro do bulbo de vidro, emitem um brilho tênue quando alta voltagem é aplicada. Assim este objeto é uma lâmpada, e representa uma lâmpada tão ‘obviamente’ que outra interpretação do objeto representado é simplesmente impossível. Porque, como alguém declarou: "Enquanto nenhuma outra interpretação convincente possa ser mostrada pela ciência acadêmica não há razão para ver algo além de uma lâmpada no desenho".

Estranhamente, nas fotos acima você pode ver algumas lâmpadas atuais e antigas. Lâmpadas halógenas, lâmpadas spots, tubos fluorescentes – e nenhum deles tem qualquer semelhança com a construção de Dendera. Até a lâmpada de sódio de alta pressão à direita, embora um pouco similar à primeira vista, é completamente diferente em tamanho, estrutura e modo de operação de sua contraparte Dendera. Particularmente eu sinto falta dos tão importantes braços adentrando as lâmpadas. Assim, se você conhece alguma lâmpada em uso atualmente ou no passado que seja igual à de Dendera, por favor, mande-me uma foto. Até então eu não vejo razão para interpretar as inscrições de Dendera como lâmpadas.

Discrepâncias técnicas

Dos desenhos podemos reconstruir o tamanho dos objetos representados. Com comprimento de 2,5 metros, um diâmetro máximo de um metro e mínimo de 50 centímetros nós podemos calcular o volume aproximado de um cone truncado de aproximadamente 2 m de comprimento e uma semi-esfera de um metro de diâmetro. O volume combinado é em torno de 1,12 m3, a superfície do objeto chega a aproximadamente 6,3 m2.

O volume representa, como veremos, um ponto substancial contra a interpretação técnica dos relevos de Dendera.

Todas construções de lâmpadas baseiam-se em poucos princípios técnicos.

Lâmpadas de estado sólido são baseadas em junções de semicondutores e têm, como por exemplo os LEDs, volumes mínimos.

Lâmpadas de descarga de gás como lâmpadas fluorescentes ou de néon/fósforo precisam de altos vácuos preenchidos com gases nobres (néon) ou vapores de metal (mercúrio). Lâmpadas de filamento normalmente contêm um alto vácuo, de forma a prevenir a queima do filamento, ou estão cheias de um caro gás nobre.
Lâmpadas halógenas são preenchidas de gases quimicamente reativos
, que se opõem ativamente à evaporação do material do filamento.

Lâmpadas de alta pressão contêm gases reativos a alta pressão e têm a melhor eficiência luminosa.

Todas essas lâmpadas, com exceção do LED, contêm assim seja um gás em densidade desprezível ou gases diferentes, caros.

No primeiro caso uma pressão de 63 toneladas residiria no objeto de Dendera. Para suportar tal pressão imensa, o objeto teria de possuir uma espessa parede, com aproximadamente dois ou três centímetros. O peso deste bulbo seria então de aproximadamente 750 quilos. E este monstro seria ainda assim uma bomba esperando para explodir: uma pequena fissura no vidro causada por resfriamento desigual durante a fabricação, e a lâmpada Dendera implodiria com a força de uma bomba. O efeito de fragmentação deveria ser mortífero na periferia de vários metros!

Pessoalmente eu também não conheço nenhum bulbo de vácuo feito de vidro com formato e tamanho similares construído atualmente, e isto deve ter suas razões…

No segundo caso a lâmpada de Dendera teria que conter gás suficiente para preencher pelo menos 713.000 (!!!) lâmpadas halógenas com um desempenho combinado de 14 milhões de Watts!!! Qualquer um pode adivinhar o que brilha mais: uma lâmpada monstro Dendera ou 713.000 lâmpadas halógenas.

Em ambos casos a construção de Dendera é caracterizada primariamente por sua inutilidade. Um bulbo simples ou uma lâmpada halógena de 500W precisa de menos recursos, é mais simples e mais segura contra defeitos de fabricação que tal monstro.

Contra-argumento: A escala está errada

"Os egípcios desenharam pessoas e artigos importantes maiores que os menos importantes – portanto os bulbos de Dendera são exagerados em seu tamanho" é um contra-argumento a essas críticas.

Entretanto isto não é aplicável. É correto que os egípcios usaram várias escalas diferentes em um mesmo desenho. Porém a mudança não é arbitrária: ela se refere, se objetos genuínos são representados figurativamente, em todo caso a grupos. O Faraó que se senta ao lado de sua família no trono é desenhado em uma escala maior que a do grupo dos servos que entregam seus tributos. Mas dentro da família faraônica, exatamente como no grupo de pagadores de tributo, uma escala constante sempre é usada. Nenhum faraó se senta em um trono em miniatura, e nenhum fazendeiro monta um búfalo gigante através do campo. Se as figuras de Dendera representam objetos reais (e não são simbólicas), elas teriam que ter inevitavelmente exatamente a mesma escala das pessoas presentes.
As coisas são diferentes com representações não-figurativas. Freqüentemente as figuras são misturadas com símbolos com certos significados, por exemplo nomes, de forma que as duas formas possam ser separadas apenas com algum esforço pelo leigo. Na paleta de Narmer, o Faraó está atrás do desenho de um enorme peixe-gato e um igualmente enorme formão. Mas o peixe-gato não representa um peixe aqui, e sim uma sílaba (Nar), exatamente como o formão faz (Mer). Ambas sílabas formam o nome do governante (Nar-Mer) e são mostradas com quase o mesmo tamanho que o Faraó que representam.

Para entender estas coisas um certo conhecimento sobre a estrutura e o simbolismo dos relevos egípcios ajudaria, embora trazer tal conhecimento "acadêmico" seja freqüentemente considerado desprezível. Provavelmente porque pode destruir especulações tão interessantes…

Contradições

Se você der uma boa olhada nos relevos de Dender, encontrará rapidamente uma engraçada contradição.
A "reconstrução" da lâmpada de Dendera pelo engenheiro W. Garn já foi mencionada. Este é o único tipo de lâmpada funcional parecido com os objetos de Dendera, mesmo que em uma escala menor (assim ele pode ignorar os problemas de pressão de uma "lâmpada" Dendera em escala real). O bulbo é uma lâmpada fluorescente a baixa pressão, e a luz é produzida por uma descarga de gás no eletrodo. Garn vê um eletrodo no objeto parecido com uma flor no extremo menor do bulbo, e o outro eletrodo que emite luz é representado pelos pequenos braços estendendo-se do ‘pilar isolante’ ao interior do bulbo. Com altas voltagens e baixa pressão efeitos luminosos podem realmente ser vistos em torno dos dois braços. Mas e quanto à serpente? Deve ter sido um símbolo para "brilho" e uma representação do filamento de luz – mas a lâmpada de Garn não produz tal efeito.

E agora? Bem, é fácil. Se não há nenhuma serpente brilhante para ser vista, a serpente subitamente transforma-se em um símbolo para a corrente elétrica, um símbolo para algo que não pode ser visto. Então quando os egiptologistas declaram que a serpente é um símbolo para o Sol nascente, isso é ridículo. Mas quando os pré-astronautas declaram que a mesma serpente é um símbolo para outra coisa, é permitido?

A lâmpada de Garn é muito fraca, e que algo está brilhando só pode ser visto em salas muito escuras. Não é uma grande lâmpada, mas mesmo assim a construção funciona.

MAS: Você pode encontrar em Dendera vários tipos diferentes de bulbos. Um com os braços adentrando o bulbo. Outro, onde o próprio bulbo apóia-se nos braços e não há contra-eletrodo! E um terceiro, onde todo o objeto não está nem perto de um pilar Djed, que é um símbolo tão eminentemente importante para corrente elétrica. Estas duas outras construções nunca poderiam ter sido uma lâmpada!!!

Mal observadas?

"Os egípcios viram as lâmpadas apenas por um curto período e não podiam se lembrar se os braços estavam dentro ou fora da lâmpada. Assim eles inscreveram três diferentes versões para que pelo menos uma mostrasse o que eles realmente viram." Má tentativa.

Já que os braços são a única coisa emitindo luz na "re"construção de Garn, qualquer um que visse tais objetos se lembraria de que os braços eram importantes coisas brilhantes na lâmpada. Mais: esta suposição tira a lâmpada dos inventores egípcios e cria apenas mais outra história mal contada de culto à carga.

A propósito: O contexto cultural relativo aos objetos de Dendera pode explicar todos os três tipos de objetos, e não apenas um. Outra coisa: em literatura arqueoufológica é fácil encontrar o termo "reconstrução". Mas, como eu descobri, elas raramente mercem tal nome. Estas "re"construções são geralmente apenas construções feitas de forma que os detalhes externos combinem com elementos mostrados ou descritos em fontes antigas. Esse é o caso de uma lâmpada parecendo com o objeto de Dendera. Possível – mas inútil. Há uma razão pela qual nós iluminamos nossos quartos com lâmpadas comuns e não com gigantes Dendera de 2,5m…

***

Nota: Esta é uma tradução da primeira parte das páginas de Frank Doernenburg a respeito dos relevos de Dendera, abordando os problemas técnicos de interpretar os desenhos como lâmpadas elétricas. A segunda parte, que pode ser encontrada em inglês no website ‘Mysteries of the Past‘, trata de uma interpretação cultural em contexto do que os desenhos realmente simbolizam, incluindo uma tradução das inscrições que acompanham tais desenhos.

23 comentários sobre “Dendera: lâmpadas elétricas faraônicas?

  1. Então o que significariam tais tubos? Algum egiptólogo já respondeu essa pergunta? E se justamente a serpente representa a luz solar, por que não pensar que tal serpente dentro do tubo pudesse representar a emissão de luz?

  2. Cara, entao explica o que é, acho que você deve ter argumentos suficientes para isso.
    Por que para gente questionar uma teoria temos que ter outra. Entao me diz.

  3. Mesmo que não sejam lâmpadas, o mesmo documentário que vc citou, provou conclusivamente duas coisas:

    . Não há oxigênio nas câmaras internas, para ascender tochas. Os caras tentaram ascender um isqueiro e não conseguiram.

    . O sistema de luzes refletivas por espelhos ( visto no filme A Múmia ), não serve para a câmara onde eles se encontravam, pois essa luz não conseguiriam chegar lá, devido ao número de curvas que faria dentro da pirâmide.

    Então eu pergunto, como diabos iluminavam essas câmaras internas?

    O Egito antigo é um mistério e vai continuar sendo um mistério.

  4. Realmente, essa tentativa de desmistificar foi fraca. Simplesmente fiquei triste em ver a tentativa de explicar os “dados técnicos” de um desenho de milhares de anos! Como se fossem feitos retratos fieis da atualidade, como um retrato-falado de hoje! “Então quando os egiptologistas declaram que a serpente é um símbolo para o Sol nascente, isso é ridículo”Bom, não poderiam ter utilizado o simbolo para representar algum objeto iluminado?

    E por fim, depois de fazer uma explicação “empurrada com a barriga” ainda termina o artigo de maneira inconclusiva, sem uma outra teoria plausível do que se trata o desenho ou como eram iluminadas as tumbas.

  5. Olá amigo! Eu tenho algumas considerações, e gostaria de discutir… Todas as conclusões a que você chega são baseadas em conhecimento cientifico atual, mas, certamente, a ciencia desse povo era totalmente diferente da nossa. O que eu quero dizer com “totalmente”: Hoje nós trabalhamos com “volts”, “amperes”, “watts”… Não te ocorre que os “padrões de energia” nesta época eram outros? A lampada como conhecemos hoje, com filamento, ou vapor, pertence exclusivamente ao nosso tempo. Essas lampadas egipcias poderiam ser feitas de outra maneira, tanto quanto poderiam “iluminar diferente”, não acha?

  6. Uma teoria muito plausível vem ganhando força: As piramides nao eram, nunca foram, e nunca serão tumulos, mas GERADORES DE ENERGIA. Sim, ninguem precisa iluminar o carter de um motor, por exemplo… http://us1.harunyahya.com/Detail/T/EDCRFV/productId/43656/THE_SECRETS_HIDDEN_IN_THE_PYRAMIDS_OF_EGYPT Ou seja, nao andavam naqueles corredores, por motivo algum… Os corredores seriam dutos condutores… Portanto, ninguem precisaria de lanternas…

  7. ola,
    os egípcios, eram satanista adoradores de lúcifer, mesma cultura que está presente no catolicismo e nos poderes que controlam esse mundo atualmente,
    os maçons, rosa cruz, maçonaria inglesa e francesa…pequena prova disso são os obeliscos que já eram cultuados pelos egipcios, que esta na frente da casa branca e na praça de são pedro em varias praças brasileiras, e que entrou até nos meios evangelicos, onde a Igreja batista ergue um para comemorar seus 100 anos de brasil, e que significa: que o homem domina esta terrá, (seu penis) fertilidade não precisa de Deus, ou seja a elite negra que controla os meios de comunicação a cultura a musica, e forma a opinião da massa como um todo, ou seja tem todo o controle e está caminhando para a chamada “nova era”, voltando ao assunto da luz, é necessário deixar nossos conceitos de verdade, pois se não entenderemos o que é,… mas o que é simples são entidade “malignas” que era adorada por este povo, que forneceu muitas tecnologias para os mesmo, que se transfigurava através da serpente que iluminava o ambiente, ou até mesmo demônios que entravam ali e faziam claridades nos ambientes, o fato e que toda essa tecnologia de hoje e conhecimento vem destas entidades…

  8. Caramba, há muito crentes aqui. Eles preferem acreditar em uma “hipotese” tosca, sem base, sem fundamento, sem o menor indício; do quem em provas científicas. Os egípicios não tinham um gerador forte o bastante, não tinham a “lâmpada”, o uso da lamparinas é plausível, pronto, temos uma tese muito provável, provavelmente a correta.
    Alguns desconhecem como funciona a ciência, a resposta mais simples é a verdadeira. Não há prova de uso de lâmpadas, qualquer outra coisa é um crença cega.

  9. Bem procuraram explicar o que não era mas n falou o que realmente eram esses bulbos. resumindo. essa matéria n solucionou nada! então a teoria que eram realmente lampadas ainda esta mais convincente para mim até q me digam oque realmente eram esses desenhos!! abraços

  10. Vivemos a especular sobre aquilo que desconhecemos.
    Sob um olhar estético, o desenho pode representar qualquer coisa.
    Obviamente importante porque na psicologia dos povos não existe “perder tempo” com algo de somenos.
    Foi possível até o momento desvendar que os egipcíos representavam imagens em escalas de importância.
    O objeto representado talvez esteja de tal tamanho em virtude de sua significação e importância, o qual poder ser uma lâmpada, uma fonte geradora de luz.
    Poderia ser uma fonte de luz, não propriamente elétrica, mas utilizando algum tipo de gás inflamável, tal como os lampiões a gás, utilizados até hoje.
    Poderia ser também uma chama oriunda da queima de algum combustível disponível entre eles, e o bulbo de vidro (o vidro era conhecido no Egito Antigo – no período de 1500 a.C), uma forma de protege-la, como qualquer lampião a querosene.
    A lâmpada em questão é de qual momento histórico?
    Em sendo o bulbo de vidro, o vidro deveria portanto ser um artefato industrial já existente.
    Mistérios!!
    Esse povo possuiu um avançado conhecimento técnico, científico, médico, mas não conseguiram passar as ideias de forma clara – para nós – através de sua escrita.
    Mais do que traduzir um texto literalmente, adqua-lo a sua origem e providenciar uma tradução inteligível com os tempos de hoje, é necessário interpretar a significação de símbolos.
    Com ideias limitadas, focadas naquilo que é possível observar-se hoje, de tudo o que restou, penso que nos faltam informações, muitas informações.
    Enquanto isso, arrastamo-nos na mediocridade diária, muito aquem daquilo que esses homens dispunham porque hoje, com toda a tecnologia disponível, uma minoria sabe o que acontece quando acionam-se botões.
    Apenas usamos.
    Pagamos o preço que foi pedido pelo inventor, pelo fabricante e usamos!
    Talvez naqueles distantes tempos, ocorre-se o mesmo.
    O “cara” desenhou, como qualquer criança pode desenhar um computador por exemplo, ou qualquer indivíduo pode fotografá-lo, sem saber absolutamente como o mesmo funciona.
    Forte abraço a todos.

    marchetti57@gmail.com

  11. foram voces que associaram as representações dos bulbos com o problema da iluminação das piramides, são duas coisas diferentes. há de se ver o contexto daquelas figuras, podem representar frutas por exemplo, a mim parece uma beringela gigante!
    agora o problema da iluminação é assunto a ser melhro pesquisado pois não foi esclarecido!
    sobre os crentes, bem eles acreditam em um plagio do deus osiris que é egipcio então acho que nao podem falar que estes adoravam o diabo pois se for assim eles também! hehe

  12. Eu acho muito conveniente para arqeuologos sobre tudo dos EUA, preservarem seu “ilustre” Thomas Edson da autoria da invenção da lampada…

    O ser humano é um lixo pretencioso, nao adimite nem que as tecnologias e conhecimentos nao são nada mais que heranças, e nao suas crações..

  13. Engraçado é que o pessoal que se diz cético, fica a vida inteira procurando explicações para coisas inexplicáveis.
    Na maioria das tentativas, só falam besteiras.

  14. Esse artigo vomita uma porção de pseudoexplicações comparando os desenhos de dendera com lâmpadas modernas, querendo insinuar que são muito diferentes e portanto, não poderiam se tratar do mesmo tipo de objeto. Mas talvez a pior parte foi quando tentaram justificar a fonte de eletricidade dessas lâmpadas remetendo ao caso mais famoso de gerador elétrico da antiguidade: aquelas pilhas de barro encontradas no Iraque. Então, misturando alhos com bugalhos eles deduzem a energia que seria produzida por tais pilhas e concluem que ela não seria suficiente para alimentar milhões de lâmpadas de dendera. Primeiro que só nesse site do ceticismo aberto eu vi alguma relação entre as lâmpadas de dendera e as pilhas da antiguidade do Iraque. Ora, o Egito e o Iraque nem estão próximos um do outro, como querer misturar as coisas assim só porque ambas estavam no passado remoto? Talvez os egipcios tivessem outras formas mais eficazes de gerar eletricidade. Outra coisa, que nesse artigo mesmo do ceticismo aberto, ao citarem experiências modernas, eles mesmo admitem que a lâmpada de dendera funciona de verdade e emite luz! Ora, pouco importa se o mistério da origem da eletricidade dessa lâmpada tenha sido solucionado ou não, só o fato de se provar que uma lâmpada egípcia da antiguidade produz luz a partir de eletricidade já é algo extraordionário. Mas como quem trabalha para esse site tem que desmascarar supostos mitos, qualquer coisa que cai na rede deles, eles só tentam provar que é mentira, que é mito, para satisfazer o público cético que lê esse site. Não gostei desse artigo, não esclareceu coisa nenhuma, ao contrário, fez com que o leitor ficasse ainda com mais dúvidas ainda. Afinal, essa lâmpada funciona ou não? É só isso que vocês deveriam se preocupar em provar. Agora especular quanta voltagem seria necessária para iluminar as pirâmides usando pilhas de Bagdá e lâmpadas de dendera francamente, isso é viajar na maionese na melhor das hipóteses.

  15. vi uma pesquisa em que um defensor desa teoria dise que dentro da tumba não avia oxigênio então como poderian entra nas tumbas sem tochas , so poderian usar lanpadas entendeu, se não como enchergariam so com lanpadas.

  16. É… também achei fraca a argumentação.
    Acho que foi levantada uma questão desnecessária: Iluminar o interior de pirâmides. Pirâmides eram tumbas. Prova disso é encontrarem corpos lá. Por que alguém iria querer iluminar uma tumba?
    Entre as 3 pirâmides egípcias mais famosas, apenas a maior não é maciça. Os túmulos são construídos abaixo da pirâmide. Na maior delas isso não ocorre: a cripta funerária está, mais ou menos, no centro da pirâmide. Mas ainda assim, de acordo com as últimas teorias para a construção dessa pirâmide, não haveria necessidade de luz. Essa é a única que há como ‘entrar’, mas isso só faz sentido hoje, quando exploramos o passado. Se alguém mais entrou em uma tumba e não era um pesquisador, era um ladrão de túmulos. Acho pouco provável que usassem tais aparatos.
    A tumba era construida antes da pirâmide, à céu aberto. Com todos os desenhos e relevos prontos, construía-se a pirâmide. Por fim, na morte do faraó, o mumificavam e levavam para sua tumba, num processo não muito demorado. Não havia porque iluminar tanto assim essas tumbas.
    Se nenhum egiptólogo pode dizer o que respresentam essas “lâmpadas”, o melhor seria dizer que é “desconhecido ainda, mas é pouco provável que seja uma lâmpada funcional”.
    Particularmente, acredito que existe a possibilidade que seja realmente algum tipo de “lâmpada”. Mas essa possibilidade é de 50%.
    Não tenho problemas em dizer que não sei o que é. E prefiro isso a me queimar com argumentos facos.

  17. Bom,que os egípcios eram uma civilização avançada cientificamente pra sua época é fato incontestável sua química,medicina e astronomia eram desenvolvidas contudo ”afirmar” que os egípcios haviam construído as tumbas em questão usando energia elétrica contida em baterias elementares como as de Bagdá é faltar com as análises e os estudos científicos conduzidos no caso isso sem falar que a arqueologia é desconsiderada.É um erro de interpretação ”concluir” que os relevos do templo de Dendera sejam lâmpadas elétricas considerando a simbologia que os egípcios usavam para suas pinturas e relevos,representações de sua mitologia e encantamentos por exemplo como o ”Livro dos Mortos”.Tal como Ernst Gombrich diz:”Os egípcios não pintavam o que viam mas o que conheciam” ou seja era carregado de simbologias para explicar a ideia de vida e morte que tinham e naturalmente não era muito diferente pra os relevos de Dendera!!

  18. olha eu vou falar uma coisa ñ quero falar de alien. nem de disco voador e nem nada do tipo ou deuses astronauta e sim da nossa civilizaçãos a minha teoria consiste no seguinte, as vezes a civilização humana pode ter sido mais avançada ou parecida tecnologicamente parecida com a atual civilização nossa no passa e por alguma razão sumiram devidos talvez algum cataclismo, pandemia, guerra (auto-destruição) ou mudança climática quem sabe né, e ao longo da história pode já ter a humanidade se destruído e se reconstruído diversas vezes, a gente tá vendo as obras magnificas destes civlizaçõe e achando q foi extraterrestres q as fizeram mais ñ foi, mais tecnologia foi usada nisto, tecnologia nossa msm, pense agr há uma guerra nuclear morre 95% da civilização humana nisto, este 5% iriam recontuir a civilização ao longo do tempo, e a proxima civilização viria nossas obras e se perguntarião como isto foi feito, quem as fez? é isto q estamos fazendo neste momento.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *