A levitação do médium Mirabelli
“Levitação (metarsismo) do psychodynamo Carmine Mirabelli, verificada no Instituto Psychico Brasileiro (São Paulo), achando-se o médium em estado inconsciente. Como se vê, a cabeça quasi attinge o tecto do salão. Photographia tomada em pleno dia”, informa o livro “Prodígios da Biopsychica obtidos com o Médium Mirabelli”, de 1937. Além de levitar, Mirabelli teria materializado espíritos, escrito em diversas línguas e muito mais. Ou muito menos. A famosa fotografia da levitação é uma trucagem fotográfica grosseira, em que a escada em que estava o “médium” foi apagada:
Note sinais óbvios de adulteração — além do detalhe de que um sujeito levitando manteria os pés perfeitamente alinhados. Abaixo, uma reconstituição da escada apagada:
Imagens extraídas do documentário da BBC “Supernatural Science: Secrets of Levitation”. A fraude também é comentada por Philippe Piet van Putten.
Como notamos, levitar com os pés sobre uma escada não era o único feito do médium. Para fazer levitar um lápis, por exemplo, ele dizia que o lápis “molhado” não servia. Precisava “secar” o lápis, que é quando se supõe que prendia um fio de cabelo para poder “levitá-lo”. O engraçado é que algumas pessoas sentiam o fio de cabelo, mas achavam que era um fio de ectoplasma! Tenha tais exemplos em conta ao observar a fantabulosa materialização de Giuseppe Parini, um espírito com peruca e pintado de preto sem nenhuma semelhança com o poeta vivo.
Se tudo isso parece ridículo, vale sempre lembrar que décadas depois o próprio Chico Xavier ainda estaria às voltas com a irmã Josefa. Nada muito diferente desta fotografia colorida de uma médium exalando ectoplasma.
Olá
Acho que temos duas opções aqui:
1. Alguém falsificou a foto, montando a imagem do médium levitando, aproveitando alguma outra imagem, por motivos escusos (para prejudicá-lo, para fazer um trote, etc)… mas parece improvável, pois se alguém fosse montar a imagem, para que apagar uma escada ? Seria mais fácil montar o médium em outra imagem sem escada nenhuma. A não ser que a original desta foto fosse ele em cima de uma escada mesmo, com a escada aparecendo… e alguém apagou depois, só não sei porque ele tiraria uma foto em cima de uma escada…não é impossível, mas improvável.
2. Era mesmo uma fraude, e grotesca. Parece a opção mais provável… porém, a falsificação é tão visivel que faz pensar: será que o médium não teria visto que “essa ficou péssima, vamos fazer outra”, especialmente antes de mandar para um colega de outro país, que com certeza descobriria a farsa.
Há quem diga que a foto tem origem duvidosa, nunca tendo sido visto a original (?) ver:
http://www.geae.inf.br/pt/boletins/geae334.html
Outro fator a considerar: a foto da levitação é (ou parece ser) a única sem testemunhas. As materializações por outro lado tinham dezenas de testemunhas com liberdade para verificar a autenticidade do fenomeno (muitos com formação academica).
Seria interessante obter mais informações sobre a foto, pois mais uma vez fica difícil julgar… por um lado, parece que houveram muitos fenomenos, digamos, muito dificeis de explicar feitos por esse médium, muitos fenomenos controlados, com muitas testemunhas, etc.
Mas essa foto por sí só, é tão grosseiramente falsa que dá pra pensar em adulteração proposital (estou usando de evidência anedota, é claro).
Minha opinião final: fraude. Só não entendi o por que dessa fraude, que parece única no caso desse médium, que não era espírita, e do qual não conheço muito, admito.
Abraços
Caros,
Gostaria de comentar sobre o caso Katie King “A garota que era sua própria fantasma” publicado neste site (ver
http://www.ceticismoaberto.com/referencias/katieking.htm) infelizmente não é possível colocar o comentário no próprio
artigo.
Recebi um excelente material de Kentaro, dono deste site via email, que pode ser visto na seguinte página:
http://www.forteantimes.com/features/articles/174/what_katie_did.html
O autor do artigo acima (Peter Brookesmith) foi o criador da revista “The Unexplained”, Autor de “UFO: The Complete
Sightings Catalogue” e “Sniper: Training, Techniques and Weapons” (?) parece ser um homem com uma carreira um tanto
estranha… de estudo de fantasmas a UFO e treinamento com armas de precisão ?
Bom de qualquer forma, seu artigo tráz outras luzes ao caso King, porém infelizmente sem nenhuma referência… e
aparentemente, é muito tendencioso. Ao falar de William Crookes (o cientista que estudou a médium), ele apenas diz
que Crookes era um “eminente cientista”, eu acho que ele deveria ter sido mais justo ao qualificá-lo apenas de
“eminente”, enquanto o correto seria:
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“No ano de 1855, Willian Crookes assumiu a cadeira de química na Universidade de Chester. Como conseqüência de
prolongados estudos, no ano de 1861 descobriu os raios catódicos e isolou (descobriu) o Tálio, determinando
rigorosamente suas propriedades físicas. Após persistentes estudos em torno do espectro solar, descobriu, em 1872, a
aparente ação repulsiva dos raios luminosos, o que o levou à construção do Radiômetro, em 1874. No ano seguinte
descobriu um novo tratamento para o ouro. No entanto, a coroação do seu trabalho científico foi a descoberta do
quarto estado da matéria, o estado radiante, no ano de 1879. Foram-lhe outorgadas várias medalhas pelas relevantes
descobertas no campo da física e da química.
A rainha Vitória, da Inglaterra, nomeou-o com o mais alto título daquele país: “Cavalheiro”.
A par de todas as atividades, ocupou a presidência da Sociedade de Química, da Sociedade Britânica, da Sociedade de
Investigações Psíquicas e do Instituto de Engenheiros Eletricistas.
Recebeu também o prêmio Nobel de física”
(ver:
http://www.guia.heu.nom.br/william_crookes.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/William_Crookes
)
————–
O autor do artigo citado, logo no início relata que o cientista (Crookes) convidou a jovem médium a morar em sua
casa, o mesmo não cita referências e eu não pude encontrar nada parecido, em verdade:
“A MÉDIUM – Durante estes seis últimos meses, a Srta. Cook fez-se numerosas visitas, permanecendo, muitas vezes, uma
semana inteira em minha casa. Não trazia consigo senão um pequeno saco de viagem, sem chave; durante o dia, estava
constantemente em minha companhia, na de minha mulher ou na de algum outro membro da minha família e, como não
dormisse em quarto separado do de minha mulher, faltava-lhe absolutamente a ocasião de preparar alguma coisa, mesmo
de caráter menos perfeito, que a habilitasse a desempenhar o papel de Katie King”.
Podemos ver acima que a integração da médium se dava com toda a família e não somente com Crookes, ao meu ver esse
fato combinado com o fato de que os familiares de Crookes e seus amigos cientistas participavam das sessões diminuem
em muito a “misteriosa” (evidência anedota) de que Crookes tivesse um “caso sórdido” com a médium.
(ver:
Fatos Espíritas – O livro fonte dessas citações de autoria de Crookes)
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O autor do artigo também diz, de forma tendenciosa e talvez irresponsável (tradução e adaptação a seguir minha):
“Estranhamente, mesmo considerando a necessidade de ver a médium e o espírito materializado ao mesmo tempo, ninguém
do circulo de Crookes achou isso necessário”.
Porém, o que podemos ver nas próprias palavras de Crookes isso era uma grande preocupação para ele:
“Como Katie dissesse que era capaz de mostrar-se ao mesmo tempo que a Srta. Cook, abaixei o gás e, depois, com a
minha lâmpada de óleo fosforado, penetrei no gabinete onde estava a médium. Previamente, porém, eu havia convidado
um dos meus amigos, taquígrafo hábil, para tomar nota de toda a observação que eu fizesse enquanto me achasse no
gabinete, pois, conhecendo eu o valor das primeiras impressões, não queria confiá-las somente à minha memória. Suas
notas estão neste momento, diante de mim.
“Entrei no gabinete com precaução; estava escuro, e foi tateando que encontrei a Srta. Cook. Ela estava encolhida no
chão.
“Ajoelhando-me, deixei penetrar ar na minha lâmpada e, à sua claridade, vi essa jovem, vestida de veludo negro, como
se achava no começo da sessão, e com toda a aparência de completa insensibilidade. Não se moveu quando lhe tomei a
mão, aproximando a lâmpada do seu rosto, e continuou a respirar calmamente.
Curiosamente o autor do artigo usa de anedota para afirmar que Crookes não tinha essa preocupação.
“Erguendo eu a lâmpada, olhei em torno de mim, e vi Katie de pé, perto e por trás da Srta. Cook. Suas roupas eram
brancas e flutuantes, como tinhamos visto durante a sessão. Segurando na minha uma das mãos da Srta. Cook, e
ajoelhando-me ainda, fiz subir e descer a lâmpada, tanto para clarear a figura inteira de Katie como para
convencer-me plenamente de que via realmente a verdadeira Katie, que alguns minutos antes apertara-a em meus braços,
e não a criação fantástica de um cérebro enfermo. Ela não falou, mas moveu a cabeça para se fazer reconhecer. Por
três vezes, examinei cuidadosamente a Srta. Cook ali deitada, para certificar-me de que a mão que eu segurava era a
de uma mulher viva, e, por outras tantas vezes, voltei a lâmpada para Katie a fim de examiná-la com firme atenção,
até perder qualquer dúvida a seu respeito. Afinal a Srta. Cook fez um ligeiro movimento, e logo Katie, por um sinal,
deu-me a entender que me afastasse. Retirei-me para outra parte do gabinete e cessei, então, de ver Katie, porém só
fui embora quando a Srta. Cook despertou e depois que dois dos assistentes aí penetraram com luzes”.
(ver:
Fatos Espíritas – O livro fonte dessas citações de autoria de Crookes)
————–
O autor fala também de como a médium e o espírito materializado eram idênticos, mas vejamos o que diz Crookes:
“Vi Katie recentemente, de um modo tão nítido, quando era iluminada pela luz elétrica, que se me torna possível
acrescentar mais algumas notas quanto as diferenças que, num precedente artigo, estabeleci como existentes entre ela
e sua médium. Tenho a mais absoluta certeza de que a Srta. Cook e Katie são duas individualidades distintas, ao
menos no que se refere aos seus corpos. Pequenos sinais que existem no rosto da Srta. Cook não aparecem no de Katie.
Os cabelos da primeira são de um castanho-escuro, aproximando-se ao negro; uma mecha dos cabelos de Katie, que eu
tenho à vista, e que, com a sua permissão, cortei de suas bastas tranças, depois de acompanhá-las com meus dedos até
o alto de sua cabeça, a fim de certificar-me de que aí tinham nascido, é de um belo castanho-dourado. Certa noite,
contei as pulsações de Katie: Seu pulso batia regularmente 75 pulsações, ao passo que o da Srta. Cook, poucos
instantes depois, atingia 90, seu número habitual. Apoiando o meu ouvido no peito de Katie, pude perceber-lhe
pancadas do coração, mais regulares que as do da Srta. Cook, como esta me permitiu observar depois da sessão.
Experimentodos do mesmo modo, os pulmões de Katie mostraram-se mais sãos que os da sua médium, que então se estava
tratando de forte defluxo”.
(…)
Verificou-se, em todos os casos de telepatia, que a aparição reproduz absolutamente a forma do corpo e as feições
daquele que produz esse fenômeno; é esse um característico nunca desmentido de tais fatos. Entretanto, vemos que
Katie difere notavelmente da Srta. CooK, tanto no talhe, quanto no rosto e nos caracteres fisiológicos; logo, Katie
e Srta. Cook são duas personalidades diferentes, tanto física como psiquicamente. Uma última citação vai estabelecer
sobre esse ponto uma convicção absoluta:
“Tenho terminado suas instruções, Katie convidou-me a entrar com ela no gabinete, e permitiu que aí me conservasse
até ao fim.
“Em seguida, tendo levantado a cortina, conversou comigo durante algum tempo e, depois, atravessou a sala para ir
ter com a Srta. Cook, que jazia inanimada no chão. Inclinando-se sobre ela, tocou-a e disse-lhe: – Desperta,
Florence; desperta! É preciso que eu te deixe.
“A Srta. Cook acordou, banhada em lágrimas, e suplicou a Katie que se demorasse ainda algum tempo: “Minha cara, não
posso fazê-lo; minha missão está cumprida; que Deus te abençoe!”, respondeu Katie, e continuou a falar com a Srta.
Cook. Durante alguns minutos, elas conversaram, até que as lágrimas da Srta. Cook impediram-na de falar. Segundo as
instruções de Katie, avancei para amparar a Srta. Cook, que ia caindo no chão, soluçando convulsamente. Olhei,
então, ao redor de mim; mas Katie e o seu vestido branco haviam desaparecido. Logo que a Srta. Cook se acalmou,
trouxeram uma luz e eu a conduzi para fora do gabinete
(ver:
Fatos Espíritas – O livro fonte dessas citações de autoria de Crookes)
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O autor também questiona se 1) Katie King e a médium eram a mesma pessoa, ou 2) Katie King poderia ser outra pessoa
disfarçada (quem ? suas irmãs ele diz… mas sem referência), porém… de acordo com o relato de Crookes, vejamos se
uma pessoa pode se desfazer como fumaça, ou derreter:
Perguntaram um dia a Katie King (Espírito que se materializava através da médium Srta. Cook) por que não podia
mostrar-se sob uma luz mais forte. (Ela só permitia aceso um bico de gás e esse mesmo com a chama muito baixa). A
pergunta pareceu irritá-la, enormemente. Respondeu assim: “Já vos tenho declarado muitas vezes que não me é possível
suportar a claridade de uma luz intensa. Não sei por que me é isso impossível; entretanto, se duvidais de minhas
palavras, acendei todas as luzes e vereis o que acontecerá. Previno-vos, porém, de que se me submeterdes a essa
prova, não mais poderei reaparecer diante de vós. Escolhei”.
As pessoas presentes se consultaram entre si e decidiram tentar a experiência, a fim de verem o que sucederia.
Queríamos tirar definitivamente a limpo a questão de saber se uma iluminação mais forte embaraçaria o fenômeno de
materialização. Katie teve aviso da nossa decisão e consentiu na experiência. Soubemos mais tarde que lhe havíamos
causado grande sofrimento.
O Espírito Katie se colocou de pé junto à parede e abriu os braços em cruz, aguardando a sua dissolução.
Acenderam-se os três bicos de gás. (A sala media cerca de dezesseis pés quadrados).
Foi extraordinário o efeito produzido sobre Katie King, que apenas por um instante resistiu à claridade. Vimo-la em
seguida fundir-se, como uma boneca de cera junto de ardentes chamas. Primeiro, apagaram-se-lhe os traços
fisionômicos, que não mais se distinguiam. Os olhos enterraram-se nas órbitas, o nariz desapareceu, a testa como
entrou pela cabeça. Depois, todos os membros cederam e o corpo inteiro se achatou, qual um edifício que desmorona.
Nada mais restava do que a cabeça sobre o tapete e, por fim, um pouco de pano branco, que também desapareceu, como
se o houvessem puxado subitamente. Conservamo-nos alguns momentos com os olhos fitos no lugar onde Katie deixara de
ser vista. Terminou assim aquela memorável sessão.
(Ver Gabriel Delanne – Obra: A Alma é Imortal).
————–
O autor também questiona a sagacidade de Crookes, colocando-o como enganado pela jovem médium, vejamos porém alguns
dos fenômenos registrados, segundo Crookes:
“Em plena luz, vi uma nuvem luminosa pairar sobre um heliotrópio colocado em cima de uma mesa, ao nosso lado,
quebrar-lhe um galho, e trazê-lo a uma senhora, e, em algumas ocasiões, percebi uma nuvem semelhante condensar-se
sob nossos olhos, tomando uma forma de mão e transportar pequenos objectos”. (Opus cit. p. 40)
“Pequena mão de muito bela forma elevou-se de uma mesa da sala de jantar e deu-me uma flor; apareceu e depois
desapareceu três vezes, o que me convenceu de que essa aparição era tão real quanto a minha própria mão”. (Opus cit.
p. 41)
O relatório de Crookes sobre a sua pesquisa, em 1874, concluiu que esses fenômenos não podiam ser explicados como
prestidigitação e que pesquisa adicional seria útil. Crookes não estava só nessa opinião. Companheiros cientistas
que passaram a confirmar a veracidade da comunicação de espíritos incluiam Alfred Russel Wallace, Oliver Joseph
Lodge, Lord Rayleigh, e William James (Doyle, 1926: volume 1, 62). No entanto, como a maioria dos cientistas tinha a
opinião pré-concebida de que o Espiritualismo era fraudulento, o relatório final de Crookes ultrajou de tal modo o
“establishement” científico de então que “falou-se de cancelar sua filiação à Royal Society (Sociedade Real)”.
Crookes tornou-se mais cauteloso a partir de então e não mais discutiu seu ponto de vista em público até 1898,
quando sentiu que sua posição estava segura (Doyle, 1926: volume 1, 169-170). Foi nesse ano, em seu dicurso de posse
na presidência da British Association for the Advacement of Science (Associação Britânica pelo Avanço da Ciência),
que afirmou:
“Já se passaram trinta anos desde que publiquei um relatório dos experimentos tendentes a mostrar que fora de nosso
conhecimento científico existe uma Força utilizada por inteligências que diferem da comum inteligência dos mortais
… Nada tenho a me retratar. Confirmo minhas declarações já publicadas. Na verdade, muito teria que acrescentar a
isto”. (Crookes, 1898).
E numa entrevista na The International Psychic Gazette, em 1917, ele repetiu:
“Nunca tive jamais qualquer ocasião para modificar minhas ideias a respeito. Estou perfeitamente satisfeito com o
que eu disse nos primeiros dias. É absolutamente verdadeiro que uma conexão foi estabelecida entre este mundo e o
outro”. (Fodor, N. – Encyclopaedia of Psychic Science, U.S.A.: University Books, 1974, p.70).
Daquela data até à de sua morte, em 1919, cartas e entrevistas mostram que Crookes manteve suas considerações em
relação a comunicação de espíritos.(Doyle, 1926: volume 1, 249-251).
(Ver:
http://pt.wikipedia.org/wiki/William_Crookes#Espiritualismo)
————–
Em relação a um suposto envolvimento sexual entre os dois, por mais que tenha procurado inumeras referências, nunca
encontrei nada que indicasse a esse sentido, pelo contrário. Aparentemente, o clima parecia familiar em sua
residência como parecia lógico a um homem correto como Crookes, devo dizer também que não encontrei qualquer
evidência de que ele tenha tido qualquer tipo de incoerência moral em sua vida. Minha conclusão pessoal é que não se
trata de nada mais que evidência anedota.
Em relação a médium ficar pelada na sala, também não encontrei nada, há apenas uma referência que a mesma teria, em
uma sessão aonde efeitos “físicos” ocorreram algumas partes de sua roupa rasgada. Em relação a afirmação do amigo
Kentaro Mori (feita em uma lista de discussão) que Crookes tocava a médium pelada, além da não haver referências que
eu tenha encontrado, não parece de longe possível: Vários cientistas assistiam as sessões, além de seus familiares
(incluindo sua esposa), realmente parece muito improvável esse tipo de relação. Os cientistas presentes eram, muitas
vezes: Alfred Russel Wallace, Oliver Joseph Lodge , Lord Rayleigh, and William James)
————–
Pessoalmente, quanto mais leio sobre Crookes, mais tenho certeza de seu bom caráter e sua seriedade científica.
Quanto mais leio artigos céticos sobre o mesmo assunto, mais vejo evidências anedotas sem nenhum fundamento. Talvez
seja difícil aos céticos verem um homem como William Crookes fazendo tais afirmações, e como não podem atacar a
idéia, atacam a pessoa.
Abraços,
(MoonChild)
Obs.
Quem não tiver acesso ao livro “Fatos Espíritas, de Crookes” pode ler alguma coisa aqui (mais para o meio da
página):
http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/movimento/o-espiritismo-ontem.html
Sinto-me na obrigação de esclarecer a dúvida suscitada por MoonChild, relativamente à possibilidade de montagem na fotografia aqui exposta, pelo menos no que concerne aos elementos exteriores concorrentes à consecução do feito.
Essa foto foi tirada em São Paulo, no Instituto Psíquico Brasileiro, na data de 3 de abril de 1933.
A sessão foi dirigida pelo Sr. Miguel Karl.
Pelo menos, 26 pessoas cultas e da elite intelectual estavam presentes.
Entre elas, um cientista alemão, Dr. Bruno Heckmann.
Todos os fatos foram registrados.
O fenômeno foi testemunhado, comprovado, fotografado, relatado na ata da reunião, por todas as pessoas ADULTAS, SÉRIAS, perfeitamente sãs e conscientes do que assistiram e comprovaram.
Esse foi apenas UM dos muitos fenômenos que ocorreram, devendo-se salientar que, no registro dessa levitação, consta que o Sr. Mirabelli se deslocou no ar horizontalmente, também.
Tudo isso aconteceu, de fato, SEM PAIRAR DÚVIDA.
Agora, o que se está a questionar aqui é a incolumidade da fotografia, porque NESSA fotografia comparecem indícios de rasura que indicariam uma adulteração grosseira, com o objetivo de ludibriar as pessoas (naturalmente pessoas imbecis, com a percepção embotada, de raciocínio obtuso) que a observarem, levando-as a acreditar na autenticidade do fenômeno da levitação.
Isso porque, no ponto da fotografia adulterado deveria estar uma mesa, sobre a qual o Sr. Mirabelli teria assumido aquela postura ridícula.
Me admira muito que uma pessoa esclarecida perca seu tempo com tal suposição, sem levar em conta os outros considerandos que decorrem de uma observação como tal.
Em primeiro lugar, ninguém pode garantir que não seja o próprio indício de rasura que tenha sido ali colocado com o propósito de levantar suspeita. E essa seria a mais plausível das interpretações, porque:
1 – Seria necessário que todas as pessoas presentes àquela reunião concordassem, IRRESPONSAVELMENTE, em armar essa encenação leviana, inconseqüente, de tal mal gosto;
2 – Dada a afluência a essa reunião, bem como às anteriores e posteriores, de pessoas bem dotadas social e intelectualmente, há de se admitir que havia um motivo muito sério e importante para seu comparecimento, atestando a seriedade dos fatos relatados.
3 – Mesmo abstraindo-se da gravidade atribuida ao fato e à moral das pessoas ali comparecentes, caso se tratasse de simulação orquestrada pelas pessoas ali presentes, tal episódio teria por consequencia a ridicularização ostensiva do médium, posteriormente, e sua desconsideração pelos presentes.
4 – Tal mentira ocasionaria fatal desrespeito das 26 pessoas presentes, que naturalmente teriam agido por chacota, gozação, falta de escrúpulos;
5 – O testemunho dessas pessoas gozadoras e amorais traria fatal desmerecimento à personalidade do médium, e, partindo de 26 pessoas, logo se espalharia sem controle a noticia do charlatanismo praticado.
6 – Não haveria documentário de registro, ata do Instituto. Este, aliás, a partir de então, não teria como continuar existindo.
7 – Toda credibilidade que porventura o médium tivesse conquistado até então cairia por terra. Seu nome seria enxovalhado, com certeza. Ninguém mais compareceria a tais reuniões SEM SENTIDO, que poderiam ser repetidas em qualquer ambiente em que se pudesse realizar o pastelão.
Diante de tais argumentos, pois, prefiro ficar com minha interpretação (que é esposada por muitos outros) de que não houve adulteração para retirar a mesa. HOUVE, SIM, SIMULAÇÃO PARA COLOCÁ-LA ABSTRATAMENTE NA FOTOGRAFIA.
8 – isso eh diferente. vc pode fazer milagres , basta procurar dentro de si.[ a verdade ]
as magicas e embromaçao sao distraçoes .
esse mundo soh eh real porque todos foram condicionados a isso.
nada eh tudo e tudo eh nada.
eu sei q coisas estranhas inesplicaveis acontecem , eu sou prova viva disso.
jah fiz coisas .
eles rasuraram a foto original. tem varios levitamentos , combustao expontanea e muitos outros fenomenos reais.
mas vc soh vai axar na grande maioria pessoas tentando e fingindo tais fenomenos.
Prezado responsável por esse “ceticismo aberto”, ou alguém que se diz cético, e não sabemos de quem se trata, por que não se apresenta.
Cadê o seu nome, retrato, currículo, etc.? Quem é o senhor, ou senhores, afinal? Discordo plenamente do seu texto, dizendo-lhe que a foto das levitações do extraordinário paranormal e médium, Carlos Mirabelli, é o registro de um singular e autêntico fenômeno espiritual. Quero que saiba que respeito opiniões contrárias (só que dentro de um bom senso, né?) o senhor está no seu direito de ser cético assim como eu me sinto no direito de não acreditar, mas sim de ter certeza na realidade dos fenômenos de que o senhor duvida. Parece-me que o ilustre descrente possui um vivo entusiasmo para negar os fenômenos espirituais, também ditos espíritas, suspeitando “abertamente” sem o menor critério, de certa forma semeando incrtezas e descrença sem cessar a respito de pessoas sérias, de reconhecida credibilidade por sua conduta moral elevada.
Volto a afirmar que a ocorrência do fenômeno de levitação foi sim verdadeira, e não “uma trucagem fotográfica grosseira, em que a escada em que estava o médium foi apagada” como o senhor maldosamente justifica sem nenhum pudor e a menor comprobação científica. Saiba ainda: a data dessa ocorrência se deu em 3 de abril de 1933, e não em 1937 consoante o senhor assinalou, o que motivou uma reportagem veiculada em um jornal de grande tiragem da época: “Vanguarda”. De mais a mais, meu prezado “cético”, esse acontecimento foi testemunhado sabe por quantas pessaos que, aliás, as-sinaram uma ata? Por 26 pessoas respeitáveis, cultas e da elite intelectual daqueles dias, inclusive tendo a presença de um cientista alemão o Dr. Bruno Heckmann. A levitação ocorreu na Secretaria do Instituto Psíquico Brasileiro, tendo antes, o médium Mirabelli sumido diante dos olhares atentos e prudentes da tão distinta platéia, sem ajuda de cortinas e de outros aparatos de que se valem os ilusionistas que, como V. Sa., tentam inutilmente menoscabar, depreciar os verdadeiros fenômenos espirituais. Ainda digo mais: o recinto donde começou a mencionada levitação estava devidamente lacrado. Ainda assim um embuste?! Ah! Então prove o contrário, mas de um modo responsável, ético, científico ou continue nesse seu “cetiachismo aberto”. Mas, cuidado, hem?!, o senhor (ou quem sabe a senhora?) não é obrigado a admirar nomes como, por exemplo, Chico Xavier; todavia, tampouco deveria insinuar coisas a seu respeito, pondo em dúvida a sua tão sublime reputação… Em suma, o extraordinário médium Carmine Mirabelli jamais fraudou, quer queiram aceitar, quer não queiram, portanto o que aqui informa trata-se de uma grande injustiça.
B. Buzzo
Bruna,
o ano de 1937 é o ano da publicação do livro, não da foto. Aliás, como você sabe a data em que a foto foi realizada? Qual é a fonte dessa informação? Você possui a transcrição da reportagem do Vanguarda?
O “Correio Paulistano” realizou uma imensa investigação no ano de 1916 demonstrando que Mirabelli foi pego várias vezes em fraude. Você pode acompanhar a transcrição dessas reportagens em:
http://obraspsicografadas.haaan.com/category/obras-de-carmine-mirabelli/
Vá em “entradas anteriores”, no fim da página, para ler as primeiras reportagens e seguir na ordem.
Um abraço.
LEITORES,
–
Se o leitor quer uma opinião formada com muito mais lealdade e exposta de forma mais “dialética”, apresento o espaço chamado CRÍTICA ESPIRITUALISTA que será o complemento (relacionado de forma apenas indireta) de alguns artigos veiculados pelo site “Obras Psicografadas” e “Ceticismo Aberto”.
–
SEGUE A CRÍTICA DO CASO “FOTO DA LEVITAÇÃO DE MIRABELLI”:
–
http://criticaespiritualista.blogspot.com/2010/04/foto-da-levitacao-de-mirabelli.html
William, eu autorizo a divulgação e de fato acho positivo que tenha organizado uma resposta detalhada.
No entanto!
É péssimo que o blog que criou não permita comentários, nem indique o CeticismoAberto e o Obras Psicografadas como as fontes que pretende criticar! Corrija essas deficiências o quanto antes.
As evidências indicam que essa foto foi mesmo adulterada. No entanto, tal fato não permite concluir que Mirabelli não produzia fenômenos paranormais autênticos.
Gente amiga…Apenas duas pequenas correções:
– O artista holandês Wouter Bijdendijk, que usa o pseudônimo Ramana, sempre se apresentou como mágico ( http://www.ramana.nl/site_english/ ) , especializado em mágica indiana e, que eu saiba, nunca teve a intenção de se fazer passar por “médium” ou “paranormal”. Portanto, nunca foi “desmascarado”, mas sim traído por repórteres de baixo profissionalismo e péssimo caráter que não respeitam o compreensível segredo profissional dos artistas mágicos.
– A foto de falsa levitação de Mirabelli, para a época, até que estava razoavelmente bem retocada, considerando que ele não era um entendido na arte do retoque. Para o nosso tempo, o retoque seria uma “porcaria”, mas naqueles anos, enganou muita gente e a foto acabou estampada em muitos livros e revistas como um “flagrante de autêntica levitação”.
Nas minhas pesquisas sobre Mirabelli, ouvi de testemunhas relatos impressionantes de supostos fenômenos Psi (paranormais) produzidos por ele, mas, infelizmente, as respetivas evidências (filmes, fotos de pesquisas etc.) foram perdidas.
Como editor eletrônico e com alguma experiência em edição de imagens, vejo o contrário. Uma tentativa de provar que a imagem é falsa. Um forjar grosseiro de prova é muito mais fácil que fazer o contrário, por sinal.
Não é novidade combater uma ideia qualquer a qualquer custo. Mesmo através da mentira. A ditadura fez muito disso por aqui…
Ser cético, tudo bem. Ser cego por opção, são outros quinhentos.
Interessante como o cético também pode ser fanático. Ao invés de irem a fundo estudar de maneira séria os dois lados de um assunto, vivem querendo provar que qualquer manifestação é fraude. Parece que nada, repito: NADA os cerca além do que suas mãos podem tocar e seus parcos olhos podem ver, aliás, nem os olhos pois muitas vezes dizem frases como: “Nem se eu visse acreditaria!”… Falta bom senso e estudo sério
Nenhum médium, pelo menos no Brasil, apresentou tantos fenômenos quanto Mirabelli em reuniões com presença de muitas pessoas, inclusive pesquisadores, médicos e cientistas, devidamente documentadas. Estudar uma foto e achar que falou alguma coisa de Mirabelli é como pegar um lance de um jogo e pretender falar da carreira de um jogador de futebol. Você pode pegar um pênalti perdido e dizer que aquele jogador não sabe fazer gol, apesar de ser artilheiro de campeonatos. Ou pegar uma bela jogada de um jogador medíocre e afirmar que se igualava ao Pelé. Acredito que a grande maioria dos leitores não faz idéia de tudo o que se atribui a Mirabelli. O médium entrava em transe profundo (inconsciente), razão pela qual seria a primeira vítima de uma suposta fraude. Pessoalmente, nunca dei importâncias a fotos deste tipo. Entendo que atas, com presença de numerosas pessoas e relatos detalhados, são os melhores atestados dos fenômenos. Neste caso, Mirabelli sobra.
Peço as pessoas sérias que não percam tempo aqui nesse e em outros sites os quais a única intenção é negar veemente aquilo cujos autores não compreendem. O problema do ceticismo exagerado (porque sempre é bom ter um grau de ceticismo) é que não importa quantas evidências sejam apresentadas a um cético fundamentalista, sempre irá negar qualquer fenômeno que fuja da sua realidade convencional e confortável. Ora, se o homem se prendesse a um só ponto e nunca tivesse questionado o que estava além daquilo que ele própria considerava como a verdade, como seria nossa sociedade hoje ?