Espírito Escaneado!

Espírito Escaneado!



Vendo a imagem acima você provavelmente já deve adivinhar como foi feita, se já usou um scanner ou mesmo uma fotocopiadora na vida. Mas, clicando na imagem, poderá ler em inglês mais sobre a fotografia slitscan, que grosso modo é um scanner fotográfico (não é preciso usar recortes de revista ridículos como eu fiz, pode-se fotografar mesmo). Explicando então: o sujeito da foto abaixo simplesmente deu um passo para trás enquanto a fresta (slit) ia baixando, e depois voltou à posição normal. A cãmera possui uma fresta com lentes, que vão captando uma caixa escura com um fresta móvel na frente da lente, que possibilita uma captura gradual, de cima para baixo, da imagem. Grosso modo como um scanner de mesa ou uma fotocopiadora, que faz sua varredura gradualmente. Não foi dupla exposição, na verdade foi uma exposição longa e gradual. É por isso que o fundo se mescla tão bem com a imagem, ao contrário da maior parte das duplas exposições.

A fotografia slit-scan pode gerar fotos impressionantes como essa ou essa. Se você ficar curioso sobre a reprodução chula que fiz usando um scanner, papel crepom como fundo e recortes de uma revista Veja antiga, tudo em nome da demonstração aqui no blog, pode ver as imagens originais, uma versão maior do efeito, e uma que não deu muito certo. Todas feitas movendo o Brad Pitt enquanto o escaneamento estava sendo feito. Simples, mas interessante… agora, a pergunta que não quer calar é: quantas fotos de discos voadores ou paranormais não podem ter se valido deste truque? Ele poderia em tese apagar qualquer vestígio de fios e suportes, se bem feito. Ou é o meu chute.

De toda forma, este tipo de fotografia foi usado para tirar as maiores fotografias do mundo, em um projeto de registro e conservação dos relevos de Angkor Vat. Mas você já deve ter visto mais das câmeras slit-scan. Foram elas que geraram a seqüência psicodélica no final de “2001 – Uma Odisséia no Espaço”. Você pode até ver as imagens originais, reconstruídas digitalmente.