Os ETs deselegantes
Do original "Worst-Dressed Grays"
Estava folheando recentemente a edição de setembro de 2004 da revista Vogue e fui surpreendido por um anúncio com um extraterrestre "Gray". Era parte de uma série curta de anúncios promovendo a American Legend Mink com a temática OVNI. Não está clara qual era a intenção. O Gray está com uma aliança para uma cerimônia de casamento? O vestido certamente parece nupcial, mas as noivas usam minks? Então seria um encontro e um presente? "Quem sabe, quem se importa"; imagino que deva ser o pensamento apropriado aqui. Eu confesso que minha reação imediata foi de que isto poderia significar destruição para os Grays. Quando o mainstream cultural passa a incluir Grays parece ser hora de deixá-los de lado e começar a experimentar com reptilianos.
Mas eu acabei começando a contemplar as questões de moda. Era interessante que o alienígena tinha coxas bem mais musculares que as que estamos acostumados a ver em Grays. Quão estranho, dada a adoração habitual a perfis magros, anoréxicos, no campo da moda. Contudo era mais importante, já que esta é a Vogue, notar o que o extraterrestre vestia. Neste caso, é claro, não veste nada. O julgamento de moda claro é o de que aliens deveriam estar nus. Presumivelmente é bem melhor apreciar sua unissexualidade sem gênero, um símbolo de que eles não podem ser influenciados por compulsões emocionais primitivas. Este era de qualquer maneira a razão do orgulho dos Grays pelados na ficção científica expressa em histórias como “Em Profundidades Plutonianas” de Stanton Coblenz (Wonder Stories Quarterly, primavera de 1931)
Essa tem sido a moda em geral entre alienígenas por volta da última década. Poderíamos citar David Jacobs neste assunto se precisássemos. Mas quem já não sabe que Grays pululam por aí seja completamente nus ou com roupas colantes com pouca cor, corte, padrão ou decoração além de um insígnia ocasional?
Não foi sempre assim. Esses tipos de aliens carecas cabeçudos que nós conhecemos agora como Grays — eles não foram batizados assim até meados dos anos 1980 – originalmente estavam quase sempre vestidos. Não era incomum que usassem capacetes espaciais, mas eles acabaram se adaptando e agora nunca os usam. O que é mais embaraçoso é quão datados esses equipamentos parecem agora. Ocasionalmente, eles parecem trair uma tendência problemática de seguir convenções kitsch Hollywoodianas para extraterrestres. Como seu aparecimento na Voga agora nos permite julgar a moda dos Grays, está na hora de engajar a polícia de moda em alguns dos extraterrestres de nosso passado.
Nós apresentamos assim nossa lista dos Grays mais mal vestidos de todos os tempos.
1. Pijamas marcianos.
Nosso primeiro perdedor é Quaazgaw, um extraterrestre do começo dos anos oitenta visto por uma tal de Barbara Schutte. O visual de triângulo com estrela é claramente influenciado pelo traje usado por Don Rickles no papel de um marciano sarcástico no não-clássico filme cult Pajama Party (1964). Note a borda ao longo do triângulo e a fivela de cinto grande.
2. Aliens com Pulôver.
Este desastre da moda começou a aparecer nos anos oitenta como uma tentativa mal-dirigida de minimizar a afluência súbita de extraterrestres com pescoços finos e compridos nas tripulações de OVNIs depois que o designer de efeitos especiais de Spielberg, Carlo Rimbaldi, introduziu a alteração de pescoço fino em sua criação para Contatos Imediatos de Terceiro Grau (1977). Logo começou a aparecer em relatos scoletados por Budd Hopkins. Foi ouvido primeiro no testemunho de Steven Kilburn em Missing Time (1982), mas logo alcançou expressão visual no extraterrestre de Kathie Davis desenhado para Intruders (1987). Outros se seguiram como este segundo exemplo do grupo de abduzidos de Jean Mundy. Mas a pior vítima desta tendência é claramente o pobre Gray desenhado por um homem de negócios de Chicago chamado Jim. O pobre coitado parece terrivelmente desconfortável, como se tivesse sido forçado a usá-lo porque era um presente de seu clone-mestre.
3. O visual dos Soldados Espaciais.
Em janeiro de 1974, um cavalheiro se dirigindo a Warneton na borda franco-belga se depara com a figura de um Gray uniformizado com uma faixa / bolsa pelo peito, fileira dupla de botões e um capacete em forma de cubo. Parece claramente influenciado pelos equipamentos usados pelos servos do Imperador Ming do planeta Mongo como apareceram no episódio 11 da série Flash Gordon “Soldados Espaciais Conquistam o Universo” (1940).
O visual com faixas/bolsas era bastante popular. Norm Duque acrescentou uma faixa à sua representação dos alienígenas vistos por Barney Hill ainda que ele nunca tenha dito nada mais específico além do fato de que tinham um visual militar, usavam algo como couro preto e davam uma impressão geral de que pareciam à primeira vista como nazistas. Nós vemos isto nos casos de Patty Price (1973), Mario Restier (ilustração em novembro de 1976), Betty Andreasson (1979), a Conexão de Dakota do Sul (1983), e L.D. (1990).
Um tipo diferente de Soldado Espacial é evidente neste próximo desenho do caso de uma banda canadense abduzida relatado em 1982. As botas pretas parecem material do Exército e o resto do equipamento foi descrito como um uniforme brilhante azul escuro e bem justo. Embora pudéssemos ter ignorado este aqui, é notável que os extraterrestres neste caso foram vistos programando criaturas como o Pé-Grande para fazer seu trabalho pesado na Terra–uma boa razão para considerar este soldado particular em baixa consideração ainda que seu visual pareça mais moderno que o dos outros.
4. O visual 2036.
Contemplação adicional e mais um tanto de manipulação de contraste da representação de Norm Duke do relato de Barney Hill sugere uma segunda influência. Os ombros angulares e a superfície do peito lembra, de certa forma, o visual de Everytown no ano de 2036 como imaginado em Things to Come, o filme de 1936 baseado na história de H.G. Wells. Foi largamente influente e agracia outros futuros fictícios como o de Fireball XL5 de Gerry Anderson. Na cultura OVNI, este visual é mais claramente ecoado em uma peça de arte que foi o centro de atenção do Quarto Congresso Anual de Ufólogos Científicos em Nova Iorque em junho de 1967. O nome do artista é desconhecido, mas era supostamente “uma representação em tamanho real de uma criatura humanóide do Espaço Exterior” seguindo cuidadosamente as descrições dadas por testemunhas de aterrissagens de OVNIs.
5. O visual do garoto corista.
Na cultura OVNI, o melhor exemplo é o da abdução de David Stephens em 1975. Os exemplares mais proeminentes deste estilo foram os Talosianos e Vianos na série Jornada nas Estrelas, embora fosse bastante comum nas produções de Irwin Allen e Gerry Anderson.
6. O visual de Colarinho Alto.
Aqui nós vemos um par de extraterrestres vestindo o que parecem colarinhos muito incômodos em seus roupões. O primeiro é um desenho da paciente de Edith Fiore, Linda (1989). O segundo provavelmente apareceu em uma coleção de desenhos de Grays tomada da coleção de Budd Hopkins e que apareceu no documentário do The Learning Channel "UFOs & Aliens: Search for the Truth: Alien Life Forms" (2000)
Esta moda foi vista primeiro entre os Kanamits do clássico de Além da Imaginação, “Para Servir o Homem”. Outro bom exemplo são os aliens inteligentes do episódio de Space 1999, “War Games”.
A moda de colarinho alto foi levada a sua forma mais extrema no México. Aqui nós vemos uma marciana com o colarinho separado do vestido em Santo contra a Invasão Marciana (1966). Os marcianos também vestiam colarinhos separados.
7. O visual Bobo da corte.
Talvez auto-explicativo, embora uma pessoa possa preferir descrevê-lo como um anel de folhas parecido com aquele no topo de um morango. Talvez você não precise de paralelos cinemáticos para considerar se esta é uma boa declaração de moda a fazer se você for um alienígena em uma missão séria para salvar a terra.
O primeiro alien foi chamado Ahab e foi desenhado por um percipiente OVNI em fins de 1977. O segundo é um desenho feito em 1989 de um incidente em 24 de fevereiro de 1977 incidente envolvendo Lothar Schaefler que tomou lugar em Langenargen, Alemanha. Nosso precursor cinemático, admitidamente menos preciso que eu preferiria, vem do filme fábula italiano de 1965, Hércules Contra os Selenitas. O alien é um feiticeiro / profeta astrológico / porta-voz das pessoas da lua que planejavam dominar nosso planeta depois que um cataclismo envolvendo a Lua se aproximando da Terra nos extermina.
8. O Homem da Lua.
O desenho foi feito durante uma entrevista com Rachel Jones no dia 8 de outubro de 1977. Novamente, o elemento kitsch aqui é provavelmente bem patente. O homem espacial não está sendo muito sutil em proclamar sua origem extraterrestre ao exibir um corpo planetário em seu traje como a jaqueta bordada de um time de futebol americano colegial. Ele nos lembrou dos aliens em uma história em quadrinhos da Alley Oop nos anos 1950 que tinham o símbolo astrológico de Vênus em seus peitos para telegrafar a informação de que eles eram daquele planeta. Isso é MUITO conveniente.
9. Aliens com ombreiras.
Este aqui é da Abdução de Allagash, um caso popular do início dos anos 1990. Este desenho por Chuck Rak foi feito em 1989. Não é tanto que seja um visual ruim; o que nos aborrece é o contexto. O alien está supervisionando uma doação de esperma involuntária, não planejando um jogo de futebol americano. Qual o sentido das ombreiras em um teatro de operações?
10. O Gray Homem Michelin.
Os desenhos são de uma abdução de 20 de junho de 1976 próxima de Goodland, Kansas. Embora tanto Joe e Carol desenhem uma figura com um aspecto do Homem Michelin, Joe desenha uma cabeça em parte como a de um Gray, mas Carol a desenha mais similar a um sino. Junto eles evocam uma aproximação aos guarda-costas espaciais nesta fotografia de um antigo filme de ficção científica. O filme é tão esotérico que não estamos seguros qual é seu nome, mas parece retratar uma aterrissagem que poderia ser dos anos 1950. Eu vi muitas delas, mas sei que nunca vi esta aqui. Há uma possibilidade de que devam sua aparência ao Robô Robbie de Planeta Proibido, que foi montado da tecnologia dos extintos Krell do sistema de Altair. A cabeça no desenho de Carol sugere isto de forma plausível que a de Joe. Eu também incluo uma imagem de roupas de astronauta que aparecem em Assignment Outer Space (1960). É provavelmente relevante que alguns trajes de mergulho para altas profundezas têm este tipo de aparência e numerosas entidades OVNI antigas possuíam aparatos de respiração em conformidade com as convicções do período de que alienígenas precisariam de ar igual ao seu ambiente natal em termos de química e pressurização. Tal traje indicaria a existência de diferenças de pressão consideráveis como aquelas entre humanos similarmente vestidos em um mergulho ao oceano profundo. Mas, se esse é o caso, para onde eles foram agora?
11. O visual Rigelliano com ombros quadrados.
O primeiro desenho aqui vem de um contato imediato em Gulf Breese datado de 2 de dezembro de 1987. O segundo vem de uma revista em quadrinhos da Marvel, Thor número 131 de agosto de 1966, "Eles Atacam do Espaço."
12. O visual Starship Invaders.
O desenho de um Gray de Bill Hamilton em 1993 parece uma combinação de estilos tomada de um filme sofrível sobre OVNIs de setembro 1977 chamado Starship Invaders. Veja como ele toma a insígnia do tórax da mulher e o triângulo e cinto de coldre do homem. O filme parece largamente esquecido se a dificuldade de encontrá-lo em vídeo ou DVD é uma indicação apropriada.
13. O visual de cinto em cruz.
O desenho de Carl Higdon de seus extraterrestres, à esquerda, foi feito em 2 de novembro de 1974. Uma versão refinada, à direita, é tomada do documentário Overlords of the UFO (1976) e é escolhido para refletir sua declaração de que os extraterrestres mostraram capacidades de "gravidade-levitação". Quando eles o levaram, ele sentia que eles o flutuaram abaixo. O cinto em X seria funcional ou estético? Enquanto Higdon comparar as faixas àquelas de um guarda de cruzamento escolar, é difícil ignorar a possibilidade de que sejam funcionais como as faixas de um pacote de pára-quedas ou um assento ejetável. Mais especificamente, é tentador ver uma relação aos cintos de salto usados por personagens do século 25 nas histórias em quadrinhos de Buck Rogers. Lá, as faixas seguram uma mochila cheia de inertron, uma substância que permite que as pessoas fiquem praticamente sem peso e flutuem com segurança para o chão a partir de aer
óstatos.
14. Extraterrestre em um Cardigã Preto sobre uma Camiseta Branca.
A última de nossa dúzia; esta curiosidade foi vista brevemente entre os desenhos de alienígenas em uma mesa visível em um documentário NOVA veiculado em 27 de fevereiro de 1996 e mais recentemente em cenas de Hopkins no documentário de Peter Jennings UFOs: Seeing is Believing. Pode ser mais apropriadamente vago chamar este um suéter-jaqueta em cima de camisa de pólo branca, mas cardigã parece uma suposição boa o bastante. O julgamento aqui não é puramente estético, mas novamente de função. Objetivamente, poder-se-ia dizer que este Gray parece bem-vestido, mas para que fim? Supõe-se que extraterrestres não tenham sexo e sejam um pouco pervertidos, então por que se vestir nesta forma de moda distintamente masculina? Não esqueçamos que os Graus têm Poderes Mágicos de Leitura da Mente com Olhos Negros, assim eles realmente não deveriam precisar se vestir bem para atrair mulheres. É apropriado se vestir deste modo durante o tipo de terríveis procedimentos médicos vistos tipicamente em contatos com Grays?
Fontes
Vogue September p. 389.
1.
Quaazgaw drawing from Gray Barker”™s UFO Annual !983, New Age Books, 1983
Pajama Party (1964)
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Photo from TRUE UFOs & Outer Space Quarterly #20 (Winter 1980-1) p. 12. Caption reads “An alien spacewoman arrives on Earth, flanked by bodyguards and ready to defend her virtue as she steps down from from an interplanetary ship in this scene from an early sci-fi motion picture”¦” I suspect it is post-Forbidden Planet (1956).
Image of Robbie is digital photo taken of him on “War of the Robots” episode of Lost in Space from recent DVD collection of the series. Originally aired 9 February 91966.
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The Peter Jennings special aired 24 February 2005 ““ copy not on hand.