Anti-gravidade: ESA é a real?

Com o perdão do terrível trocadilho:

Erro encontrado na Teoria da Relatividade poderá revolucionar a Física
Agência Espacial Européia – 04/04/2006
Cientistas trabalhando para a Agência Espacial Européia acreditam ter medida o equivalente gravitacional de um campo magnético pela primeira vez em laboratório. Sob certas circunstâncias, o efeito é muito maior do que o previsto pela Teoria da Relatividade Geral e poderá ajudar a físicos a dar um passo significativo rumo à tão sonhada teoria quântica da gravidade.
Da mesma forma que uma carga elétrica em movimento cria um campo magnético, a movimentação de uma massa gera um campo gravitacional. De acordo com a Teoria da Relatividade Geral de Einstein, o efeito seria virtualmente desprezível. Entretanto, os cientistas Martin Tajmar e Clovis de Matos acreditam ter medido o efeito em laboratório.
A experiência foi feita em um anel de material supercondutor girando a 6.500 rotações por minuto. Supercondutores são materiais especiais que perdem toda a resistência elétrica quando são resfriados abaixo de determinadas temperaturas. Fazê-los girar cria um fraco campo magnético, conhecido como momento Londres.
A nova experiência testa uma hipótese de Tajmar e Matos, que explica a diferenca entre medições de massa de alta precisão de pares de Cooper (os portadores das cargas nos supercondutores) e seus valores previstos pela teoria quântica. Eles descobriram que essa anomalia pode ser explicada pelo aparecimento de um campo gravitomagnético no supercondutor em rotação. Por analogia com seu equivalente magnético, o novo efeito foi batizado de Momento Londres Gravitomagnético.
Pequenos sensores de aceleração, colocados em diferentes posições nas proximidades do supercondutor – que foi acelerado para que o efeito fosse detectável – registraram um campo de aceleração no exterior do supercondutor que parece ser produzido por gravitomagnetismo. Este experimento é o análogo gravitacional do experimento de indução eletromagnética de Faraday, feito em 1831.
Ele demonstra que um giroscópio supercondutor é capaz de gerar um forte campo gravitomagnético, sendo, portanto, o equivalente gravitacional de uma bobina magnética. Ainda dependendo de confirmações posteriores, este efeito poderá estabelecer as bases para um novo domínio tecnológico, que deverá ter inúmeras aplicações na exploração espacial e em outros setores, segundo Matos.
Embora apenas 100 milionésimos da aceleração se deva ao campo gravitacional da Terra, o campo medido é supreendentemente cem milhões de trilhões de vezes maior do que o previsto pela Teoria da Relatividade Geral de Einstein. Inicialmente os pesquisadores ficaram relutantes em aceitar seus próprios resultados.
Indução gravitomagnética de campos gravitacionais
“Nós fizemos mais de 250 experiências, melhoramos os equipamentos nos últimos três anos e discutimos a validade dos resultados durante 8 meses antes de fazer esse anúncio. Agora nós temos confiança nas medições,” disse Tajmar, que conduziu as experiências e acredita que outros físicos farão suas próprias versões dos testes, a fim de verificar as descobertas e mensurar o efeito induzido.
Paralelamente à avaliação experimental de sua hipótese, Tajmar e Matos também procuraram por um modelo teórico mais refinado do Momento Londres Gravitomagnético. Eles foram buscar inspiração na supercondutividade. As propriedades eletromagnéticas dos supercondutores são explicadas pela teoria quântica como um ganho de massa pelas partículas dotadas de força, os fótons. Permitindo que partículas que contenham força gravitacional, conhecidas como gravitons, se tornem pesadas, eles descobriram que a força gravitomagnética inesperadamente grande pode ser modelada.
“Se confirmado, isto será um avanço incrível,” diz Tajmar. “[A teoria] cria uma nova forma de se investigar a relatividade geral e suas conseqüências no mundo quântico.”
Os resultados foram apresentados em uma conferência realizada pela Agência Espacial Européia na Holanda, no último dia 21 de Março. Dois artigos científicos detalhando o trabalho estão sendo submetidos para publicação.
Bibliografia:
Gravitomagnetic Barnett Effect
Martin Tajmar, Clovis J. de Matos, Martin Tajmar, Clovis J. de Matos
http://arxiv.org/ftp/gr-qc/papers/0012/0012091.pdf
Possible gravitational anomalies in quantum materials (pdf)
Martin Tajmar, Clovis J. de Matos, Martin Tajmar, Clovis J. de Matos
http://esamultimedia.esa.int/docs/gsp/Experimental_Detection.pdf
[Fonte da nota em português]

Notícia muito interessante. Girar um supercondutor para obter efeitos gravitacionais é o “efeito Podkletnov“, tão comentado nos anos 90, mas que falhou em ser reproduzido a despeito de várias tentativas independentes. É muito curioso que ele não seja mencionado na nota.
Dei uma pesquisada na rede, e a nota de fato é liberada pela ESA, o que lhe soma credibilidade e confirma que a ESA de fato financiou a pesquisa. A nota original pode ser vista aqui.
A tradução da nota ao português é ambígua, ou incorreta em um dos pontos mais importantes. A aceleração resultante do experimento é equivalente a “100 milionésimos da aceleração do campo gravitacional da Terra“, e não “devida” ao campo gravitacional terrestre. É extremamente pequena.
Por outro lado, como se informa, é “cem milhões de trilhões de vezes maior do que o previsto pela Teoria da Relatividade Geral de Einstein“. Isto é, a questão por ora, e como se informa na nota, é um teste da teoria da Relatividade Geral. Ou o experimento, ou a teoria da Relatividade Geral, têm algum problema.
Independente dos resultados, entusiastas da anti-gravidade já têm um novo herói: o doutor Martin Tajmar.

8 comentários sobre “Anti-gravidade: ESA é a real?

  1. A TEORIA DA RELATIVIDADE, PENSO, NÃO SER TÃO COMPLICADA
    COMO SE RELATA ESSA MATÉRIA, É BEM MENOS COMPLICADA DE SE ENTENDER.

  2. Uma contribuição para o estudo da gravitação universal
    Gravidade: tudo parece se passar como se…
    Resumo: neste trabalho procura-se mostrar, por meio de um processo gráfico simplificado, que a interação gravitacional, se for considerada conseqüência da curvatura do espaço-tempo tal como estabelecido na Teoria da Relatividade Geral, prescinde da ação de força e da correspondente partícula portadora (gráviton), diferentemente das demais interações fundamentais.
    G. G. da Silva
    http://kosmologblog.blogspot.com/
    kosmologblog@gmail.com

  3. Finalmente a manipulaçao de campos foi liberada para este plano. No Ultimo ano tenho lido na web cada vaz mais opinioes que se aproximam da realidade. Nao sou aprofundado no assunto do isolamento gravitacional mas tenho noçoes e o que via ate agora era uma sucessao de opinioes ratificadas no erro.
    Sim. Magnetismo e gravidade na verdade sao o mesmo fenomeno em formas diferentes e o magnetismo pode interferir INTENSAMENTE na gravidade a pontos de poder movimentar veiculos espaciais e mais pode modificar o funcionamento de toda a humanidade encarnada. A viagem pelo espaço, planos e por que nao alem, vem em consequencia destas descobertas e sao progressivas as utilizaçoes.
    Qualquer um com um pouco de racionalidade, tempo, dinheiro e pouco preconceito pode fazer experiencias.
    A induçao de um campo magnetico ao redor de um corpo gera algum tipo de isolamento gragitacional. Basta estuda-lo e manipula-lo gradualmente para progredir.
    Os bloqueios aos uso desta tecnologia parecem estar sofrendo fissuras. Mergulhem na novidade.

  4. O problema desses artigos científicos avançados é que eles estão cheio dessa baboseira envolvendo a ufologia, o ser humano perde por pensar que existe realmente um raça no universo físico que seja mais poderosa e inteligente do que ele, quando a raça humana passar a acreditar em si mesmo, nós chegaremos a algum lugar, nós só perdemos para aquele que nos criou, é lógico. qualquer outra forma de vida no universo, é inteligente o suficiente para saber que se nós tivermos contato com eles, nós daremos um jeito de aprender sua cultura, e talvez até mesmo destruí-los.

  5. O grande erro da teoria da relatividade é colocar velocidade na luz. Luz não tem velocidade. A luz é matéria e como toda a matéria, para se movimentar precisa de um veículo.
    A luz permeia todo o universo em diferentes níveis de percepção. Não existe treva total, o que existe é luz em pouquíssima quantidade.

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